Famílias invadiram um terreno descampado na Vila Irmã Dulce, zona Sul de Teresina, e querem regularizar sua situação. Elas aguardam a confirmação de que o espaço está com documentação irregular para construir no local. Do contrário, aceitam comprar seu pedaço de chão normalmente.

Fotos: Thiago Amaral / Cidadeverde.com
 

A invasão foi feita por famílias que dizem viver de aluguel ou na casa de parentes. O terreno pertenceria a Júlio Soares do Nascimento. Sua filha Antônia Soares entrou em acordo verbal com os invasores e realizou um cadastro para cálcular o valor de cada lote e iniciar o processo de venda. 

Nesta sexta-feira (1º), 22 seguranças ficaram na entrada do terreno, que fica em um morro, para impedir que mais pessoas entrassem no espaço. As famílias acusam os mesmos de estarem armados e terem agredido pessoas. "Os seguranças apontaram armas para crianças e mulheres grávidas. Eles ameaçam com toda a agressividade do mundo", denuncia Lúcia Gomes Dias, Dadá, a presidente da Associação de Mães da Vila Irmã Dulce.

Grávida de seis meses, a adolescente D. I. V. S, de 14 anos, afirma ter sido vítima disso. "Ele apontou a arma para mim e eu tive que sair correndo morro acima. Quase que boto minha filha pra fora", declarou.

Chefe dos seguranças, o homem que se apresenta apenas como "Mão de Ferro" mostrou uma Bíblia para dizer que o trabalho é pacífico e nenhuma arma é usada. Ele nega as agressões e diz ter sido contratado apenas para controlar a entrada de pessoas no terreno. Também desmentiu outra denúncia dos populares, de que viaturas da polícia levariam comida e bebida para os homens de sua equipe.