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Novo DCE da UFPI é eleito e critica postura de reitor da instituição

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Eleita na última sexta-feira (29), a chapa “Transformar o Sonho em Realidade” pretende fazer uma verdadeira revolução ao assumir o Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal do Piauí. Entre os pontos estão uma reforma do estatuto da entidade, lutar por mais investimentos federais – oriundos do pré-sal e do Plano Nacional de Educação – e mais linhas de ônibus para a universidade.



Cássio Borges e José Eduardo



De acordo com o coordenador de Formação Política do DCE, Cássio Borges, a eleição superou as expectativas. “Conseguimos mobilizar quase um terço dos estudantes para votar. Isso mostra que o interesse do alunado pelas nossas causas está grande e ele precisa ser representado”, pontua. Segundo ele, a Chapa 1 obteve 2.528 votos contra 2.194 da chapa 2 e nos últimos anos o máximo de eleitores que compareceram às urnas foram 3.800.


Um dos primeiros objetivos desta gestão é fazer uma mudança no estatuto do DCE e fazer com que o Diretório volte à sua antiga hierarquia com presidente e vice. “O atual formato é bom, mas acreditamos que seria melhor se tivéssemos a antiga estrutura que possibilita delegar mais responsabilidades, como assinar cheques, ver quem responde diretamente”, pontua Borges.


O coordenador de Finanças, José Eduardo, ressalta que em pesquisa realizada com professores, servidores e alunos, o DCE foi considerada a entidade mais confiável dentro da UFPI com 41%, seguido por Adufpi (26,4%), Reitoria (21,2%) e Sintufpi (11,4%). “Isso mostra a nossa importância e o quanto devemos trabalhar”, descreve. Os representantes dos estudantes realizam um movimento em prol da divisão dos recursos oriundos pré-sal e a reserva de 50% do fundo social do empreendimento para a educação além do aumento de 7% do PIB do Brasil para investir em Educação, previsto no PNE que será votado este ano, para 10%.


“Nos últimos anos conseguimos um posto de venda de créditos estudantis, as circulação de três novas linhas de ônibus no campus (Porto Alegre-Shopping, Irmã Dulce-Shopping e Socopo-Morros, que vão até a UFPI em três horários: pela manhã, à tarde e à noite), mas ainda temos muito o que conseguir como a reabertura do Noé Mendes, maior número de bolsas-pesquisa, ampliação do RU (Restaurante Universitário) e abertura do HU (Hospital Universitário)”, descreve Eduardo.


Segundo os coordenadores, outro ponto a ser vencido é o que eles chamam de “intransigência” por parte do reitor Luis Júnior. “O reitor não tem espaço para diálogo. Ele possui maioria em todas as instâncias da universidade o que limita a nossa atuação e não quer conversa de jeito nenhum. Ele construiu um portal de um milhão de reais na frente da UFPI enquanto os estudantes que são aprovados no Enem não tem onde ficar porque os espaços na Residência Universitária são poucos para acomodar as pessoas que vêm de fora, principalmente do interior”, critica Borges. O DCE comemora ainda uma das últimas conquistas que foi a revogação da jubilação de dois mil estudantes que seriam retirados da UFPI por terem sido reprovados três vezes na mesma disciplina.


Carlos Lustosa Filho
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