Cidadeverde.com

Inter dá vexame em casa, leva virada e cai diante do Peñarol

De nada adiantou o empate conquistado no Uruguai nem a invencibilidade de 21 jogos em casa na Copa Libertadores da América. Nesta quarta-feira, o Internacional deu vexame em casa, sofreu uma virada em apenas cinco minutos e acabou derrotado por 2 a 1 pelo Peñarol no Beira-Rio, falhando assim na tentativa de defender o título da Copa Libertadores da América e sendo eliminado da competição prioridade da temporada logo nas oitavas de final.



O Inter, que não perdia em casa pela Libertadores desde 1993 e que estava invicto sob o comando de Paulo Roberto Falcão, viu Oscar marcar a 1min do primeiro tempo e dar a impressão de uma classificação tranquila. Contudo, um gol sofrido com menos de 15s no segundo tempo e outro cinco minutos depois minaram a equipe gaúcha, que tombou em pleno Beira-Rio.

O Inter vê o Peñarol ficar com a vaga e, agora, o torcedor colorado certamente secará o arquirrival Grêmio, que entra em campo às 21h50 para enfrentar a Universidad Católica, no Chile. A missão tricolor é complicada, uma vez que perdeu a ida das oitavas em Porto Alegre por 2 a 1. Quem passar do embate enfrenta os uruguaios carrascos dos campeões da Libertadores de 2010.

Agora, restará ao Internacional retornar à principal competição continental por meio do Campeonato Brasileiro, que tem início em 21 de maio. Antes, os colorados decidirão nos dias 8 e 15 de maio o Campeonato Gaúcho contra o Grêmio, com o primeiro jogo marcado para o Beira-Rio no próximo domingo.

A possibilidade de se classificar com um empate por 0 a 0 foi ignorada pelo Inter, que levou pouco mais de um minuto para realizar o primeiro ataque do jogo e abrir o marcador no Beira-Rio. Oscar, mantido entre os titulares de Falcão, fez bela jogada na intermediária e bateu firme de canhota da meia-lua chutou rasteiro de fira da área, no canto do goleiro Sebastián Sosa.

Mas o gol "relâmpago" de Oscar não foi prelúdio de um início arrasador do Inter. Marcando forte, e algumas vezes exagerando na força, o Peñarol tratou de ficar com a bola nos pés e, sem ela, marcar os brasileiros ainda no campo de defesa. Finalização, porém, apenas aos 14min, quando o volante Andrés Freitas cabeceou com perigo, fazendo a bola cruzar o gol de Renan e sair rente à trave.

A tônica dos primeiros 45 minutos no Beira-Rio, contudo, foi morna. Até o árbitro chileno Enrique Osses apitar o final da etapa, apenas um lance mais agudo chamou a atenção, aos 37min: o volante argentino Mario Bolatti tabelou com Oscar e lançou dentro da área para o lateral Kléber, que chutou forte, mas sem direção, perdendo a oportunidade de dilatar a vantagem colorada.

O segundo gol fez falta para a equipe gaúcha no início do segundo tempo. Bastou dar a saída de bola, o Peñarol viu o atacante argentino Alejandro Martinuccio disparar para o ataque, tabelar com o parceiro Juan Manuel Olivera e bater no ângulo de Renan, que ficou estático vendo a bola entrar e os uruguaios comemorarem o empate relâmpago.

A igualdade conquistada em apenas 15 segundos motivou o Peñarol, que não demorou nem um pouco para marcar o segundo e deixar o Inter em situação extremamente delicada no confronto. A virada saiu aos 5min, quando Luís Aguiar cruzou da esquerda e Olivera subiu sozinho para cabecear no alto.

Precisando então de dois gols para se classificar, Falcão trocou Andrezinho e Oscar por Ricardo Goulart e Tinga, respectivamente, aos 13min. Contudo, foi o Peñarol que quase marcou novamente aos 15, quando Aguiar chutou uma bola rente ao travessão de Renan, já vendido na jogada.

Precisando de dois gols, o Inter não deu mostras de que poderia sequer empatar o duelo no apinhado Beira-Rio até os 24min. D¿Alessandro saiu de dois marcadores pela direita, foi à linha de fundo e tocou rasteiro para Bolatti finalizar. A zaga do Peñarol salvou quase em cima da linha.

A cartada final de Falcão foi colocar o atacante Rafael Sóbis no lugar do lateral Nei aos 27min e deixar o Internacional ainda mais ofensivo. Deu certo, e o Inter atacou durante todos os 20 minutos restantes de jogo.

As jogadas de mais perigo no tempo regulamentar foram de um chute de fora da área de Bolatti aos 31min, rente à trave; outro de D¿Alessandro, aos 41min, defendido por Sosa; e uma finalização de Tinga na pequena área, bloqueado pelo arqueiro do Peñarol.

O time uruguaio se defendeu como pôde e recuou seis 11 jogadores recuados em seu campo. O Peñarol ainda levou um susto aos 46min quando Leandro Damião cabeceou na trave, mas conseguiu segurar o placar e festejar a classificação para as quartas de final.


Fonte: Terra
Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais