Motoristas e cobradores da Viação Piauiense amanheceram nesta quarta-feira (11) realizando protesto na garagem da empresa. Os funcionários afirmam que estão sofrendo maus tratos por parte do proprietário da frota e impediram os ônibus de saírem, deixando milhares de usuários a pé. O Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Teresina (Setut) afirma que tudo não passa de uma ação para pressionar as negociações que estão em andamento.
Arquivo CidadeVerde.com
O presidente do sindicato dos rodoviários (Sintetro), Francisco das Chagas OIiveira, garante que a razão do protesto é o autoritarismo do dono da empresa. “Os motoristas e cobradores que já trabalham no trânsito caótico e estressante de Teresina recebem mais pressão por conta da empresa. São ameaçados de demissão. Eles chegam com atestado médico, mas mesmo assim têm o salário descontado. O sindicato já recebeu mais de 20 denúncias deste tipo, por isso estamos aqui”, declarou.
Os trabalhadores foram a garagem por volta das 4h da manhã e só iniciaram a liberar os ônibus aos poucos por volta das 8h, deixando milhares de pessoas que dependem das linhas que a empresa realiza, como a Universidade Circular, Lourival Parente- via São João, Lourival Parente Via Barão, entre outras.
O Setut, através de sua assessoria, afirma que o movimento do sindicato nesta manhã é apenas uma manobra para pressionar os empresários a concederem um reajuste salarial maior, já que o proprietário da Viação Piauiense, Alberlan Euclides de Sousa, já havia presidido o Setut. De acordo com a entidade, os sindicalistas liberaram os ônibus, mas orientaram os motoristas a realizarem o percurso sem pegar passageiros, a fim de gerar prejuízo.
O presidente do Sintetro afirmou que as negociações com o Setut estão transcorrendo bem e que na próxima quinta-feira haverá mais uma rodada de conversas e na sexta-feira a categoria irá votar a proposta a ser dada. “Não temos paralisação programada. Tudo vai depender do que decidirmos na próxima sexta-feira”, garantiu.
Carlos Lustosa Filho
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