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STJ liberta presos da Operação Peçonha e processo volta ao zero

O Superior Tribunal de Justiça - STJ - decidiu, por unanimidade, conceder habeas corpus a cinco presos pela Polícia Federal na Operação Peçonha, deflagrada em junho de 2009 em Parnaíba, litoral do Piauí. A alegação foi de falha no processo, que deverá ser reiniciado pela 2ª Vara do município, o que beneficia todos os demais acusados. 

A investigação durou seis meses e contou com a ajuda de 154 policiais federais do Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte, e mobilizou ainda as Polícias Rodoviária Federal, Militar e Civil. Drogas, veículos, armas e computadores foram apreendidos. Cerca de 20 mandados de prisão foram cumpridos em Parnaíba, Buriti dos Lopes/PI, Fortaleza/CE e Sobral/CE.

O pedido de habeas corpus foi feito pelo defensor público Marcos Antônio Siqueira da Silva. Ele pediu a nulidade de todos os atos do juiz de Luís Correia na 2ª Vara de Parnaíba, alegando que a comarca possui outras varas e juízes que poderiam atuar no caso. Na sexta turma do STJ, dois ministros faltaram no julgamento de 10 de junho, mas os três presentes aprovaram o pedido. 

O defensor público pediu a liberdade de Francisco das Chagas dos Santos Alves, Kleiton Costa de Souza, Francisco Nascimento Lourenço, Antônio Erisvaldo de Souza e Flávio Carvalho Lopes. No entanto, a decisão deve beneficiar todos os acusados, inclusive José Araújo Miranda, conhecido como "Zé Cobra", apontado como líder da quadrilha de tráfico de drogas. Seu nome inspirou a denominação da operação da PF.

Ao site ProParnaíba, o defensor público afirmou que a investigação da Polícia Federal poderá ser reaproveitada pelo Ministério Público e todos os acusados continuam vinculados ao processo, podendo terem suas prisões preventivas decretadas novamente. No entanto, "todos devem ser julgados, mas julgados da forma correta", declarou.

Fábio Lima (com informações do ProParnaíba)
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