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Vôlei: Tribunal de Contas luta, mas perde bronze para meninas do Liceu

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O nome "Tribunal de Contas do Estado" é uma marca que traz uma carga de austeridade muito grande por ser um órgão responsável pela fiscalização do dinheiro que circula no Piauí e nos municípios. A mesma seriedade também também pode ser encontrada nas quadras de vôlei com as funcionárias do TCE que estão competindo na Olimpiauí. A equipe enfrentou na disputa do 3º lugar as meninas do Liceu e vendeu caro a derrota que fez com que as estudantes ficassem com o bronze na competição.


Thiago Amaral/Cidadeverde.com



O primeiro set foi vencido pelo colégio Liceu em 25 x 14. O segundo terminou em 18 x 25 a favor do TCE. No terceiro e último set, o TCE abriu vantagem e saiu na frente, mas permitiu o empate em 12 a 12. O liceu fez boa jogada e após um rali, marcou mais um ponto. Em seguida, o TCE deixou tudo igual novamente. Logo depois, a os times marcaram novamente e ficou tudo igual em 14 x 14. Foi quando as meninas do Liceu finalmente se concentraram e conseguiram fechar o set e o jogo em 16 x 14, por 2 sets a 1. 




Sandra, ponteira do TCE de 40 anos que durante a semana no Tribunal é a competente técnica de controle externo Sandra Sobreira Soares, fala que a partida foi bem disputada. Entretanto, ela e suas companheiras aproveitaram a conversa com o CidadeVerde.com para reclamar da arbitragem, mostrando sua competitividade, que aliás, já acompanha o grupo há algum tempo. "A maioria de nós sempre jogou no colégio. Eu, por exemplo, joguei no Diocesano, algumas atuaram no Colégio das Irmãs, e nós nos reunimos há quatro anos, contratamos técnico, e estamos treinando todas as quartas e sábados", conta. A transformação das mulheres que eram jogadoras e viraram esposas, mães e algumas até avós, foi influenciada pelo próprio TCE que estimula seus funcionários por conta dos campeonatos entre os tribunais. 





As piauienses inclusive venceram o campeonato regional de 2010, que ocorreu em João Pessoa, e já se prepara para um desafio maior: o campeonato que envolve times de todo o Mercosul e acontecerá em outubro na cidade de Foz do Iguaçu. As mamães jogadoras dizem que contam com o apoio de toda a família nas competições, mesmo que tenham de ficar longe de casa por alguns dias. "O marido apoia, a família inteira e o Tribunal também", garante Sandra. 




Carlos Lustosa Filho/Cidadeverde.com


Bronze


O time do Liceu, que conquistou a medalha de bronze no vôlei feminino, conta com o talento de duas pessoas, diferentes em tamanho, mas que são duas referências no time: a meia de rede Nágila da Silva, 16 anos e 1,89m de altura e o treinador Augusto César, com seu 1,50m. 
Carlos Lustosa Filho/Cidadeverde.com
Thiago 

Ele explica que chegar ao terceiro lugar na Olimpiauí é uma grande vitória para o seu grupo, que tem idade média de 16 anos. "As meninas estiveram competindo com adultas e se saíram muito bem, conquistamos o nosso objetivo que era ficar entre os três primeiros", comemora. 





Já Nágila, tem uma estatura impressionante: em pé, com os braços esticado, ela consegue ultrapassar a rede com as mãos, o que facilita muito o bloqueio. Como sempre se destacou entre suas amigas, pelo tamanho, as pessoas sempre sugeriram o que ela deveria ser. "Ou modelo, ou jogadora. Mas eu nunca gostei dessa coisa de modelo e minha mãe também jogou vôlei o que acabou influenciando também", conta a jovem. Com apenas 16 anos, certamente a adolescente ainda vai ficar mais alta e tem potencial para desenvolver ainda mais o seu jogo. Quando questionada se ela sonha em jogar pela seleção, a garota, que tem como ídolos Leandro Vissotto e Sheila responde: "o tempo é que vai dizer", declara. 




Carlos Lustosa Filho
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