O autônomo Antonio Borba do Carmo, 65 anos, manteve a esposa e três netos, por cerca de duas, com uma faca e um facão, em um quarto em sua residência, localizada na avenida Sérgio Mota, no Parque Mão Santa, zona Norte de Teresina. O idoso sofreu um surto psicótico e reinvidicava a presença da família e da imprensa, para liberar os seus familiares, falar que estava sendo perseguido e reivindicar sua aposentadoria.

A coordenadora de Gerenciamento de Crises e Direitos Humanos da Polícia Militar, tenente coronel Júlia Beatriz, esteve no local conversou com seu Antônio que se rendeu logo em seguida. "Ele tem problemas psicológicos e sofreu um surto. Ele contou que estava sendo perseguido, que saiu para trabalhar para podar umas árvores e que estava sendo seguido por dois homens, então ele voltou para casa e rendeu a família", explicou. 

Após a chegada da polícia e da imprensa, o autônomo se entregou e foi imobilizado. Antônio conversou com os repórteres, mas estava bastante confuso. Ele disse que saiu de manhã para fazer a poda de uma mangueira quando dois indivíduos passaram e o provocaram, em seguida, passaram de volta, segundo o idoso, armado e provocando-o. "Ai eu vim para casa coloquei a mulher e os meninos dentro do carro e disse para chamarem a polícia". 

A esposa do seu Antônio, Conceição Sousa, disse que em nenhum momento teve medo do seu marido. "Ele tinha preparado tudo, colocou água, maça e banana no quarto pra gente. Ele nunca encostou a mão em mim, só tinha problema quando ele chega embriagado e quebrava a casa", afirmou.

Entretanto, dona Conceição diz que seu marido já tinha agredido a irmã dela. "Uma vez ele bateu e abriu a cabeça da minha irmã, mas ela nunca deu parte porque a gente sabe o estado dele. Ele tem problema desde 1995. Já era para ele estar no tratamento, mas ele nunca quis, porque não confia". 

A polícia não levou o idoso preso, mas o encaminhou a um atendimento social.