Cidadeverde.com

Pólo gastronômico emerge na zona leste e cresce 45,6%

Imprimir
Há um bom tempo comida em Teresina não é apenas sinônimo de maria isabel e panelada. Mesmo estas comidas típicas tiveram uma maior elaboração, merecendo destaques no cardápio e ganharam como companhia a competição de pratos tailandeses, árabes, italianos, chineses. Nessa “olimpíada gastronômica”, a região que mais se destaca na cidade é a zona Leste, sobretudo nos bairros de Fátima, Ininga e Jóquei Clube, onde de 2009 a agosto de 2011, formalmente, houve um incremento de 45,6% no número de estabelecimentos como restaurantes e similares. 

Essa variedade de locais e comidas já vem sendo sentida pelos consumidores desta região que, de certa forma, se torna um centro gastronômico em Teresina. “Além da quantidade de bares ter aumentado eles ficaram mais sofisticados e diversificados. Sem contar que muitas franquias estão sendo instaladas aqui”, observa a gerente de uma loja de móveis, Mara Fernanda Paz, que come fora de casa quase diariamente. 

“Adoro comer bem. Estou sempre procurando lugares que ofereçam uma boa comida, um bom ambiente. Hoje você consegue encontrar em Teresina uma variedade de restaurantes e comidas que antigamente não tínhamos, como uma casa especializada em frutos do mar, sofisticada, bem conceituada. Além do quê agora você encontra do caranguejo, à carne de sol, a um café incrementado, a um churrasco maravilhoso, até sarapatel muito bem preparado”, assinala.

Números

Em toda capital, o crescimento, de acordo com números da Secretaria Municipal de Finanças de Teresina foi de 51,9%. Até o final de 2009, havia 281 restaurantes e estabelecimentos similares na capital. De 2010 até a primeira quinzena agosto de 2011, o número aumentou para 427 locais. 


No bairro Jóquei no mesmo período, a quantidade saltou de 62 para 92 (+48,3%), no bairro de Fátima passou de 19 para 28 (+47,3%) e no Planalto Ininga foi de 11 para 14 (+27,7%).

Novos tempos

Segundo o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Teresina, Alexandre Magalhães, grandes pizzarias, churrascarias e restaurantes se estabeleceram este ano na capital e novos empreendimentos estão por vir como redes de fast-food. 

“É uma tendência natural nas avenidas Nossa Senhora de Fátima, Jóquei, Homero e Dom Severino. Antigamente, quando a cidade era menor e menos desenvolvida, você ia para um lugar e conhecia todo mundo. Hoje não. Teresina tem 800 mil habitantes, mas gira em torno de 1,5 milhão de pessoas, entre turistas, aquelas que vêm a negócios ou para tratar da saúde. Há uma demanda grande e o mercado se desenvolve”, pontua. 

Magalhães explica que se forma um positivo efeito dominó: os negócios de um segmento aquecem a economia e geram oportunidade para outros surgirem. “Isso nos deixa bastante satisfeito porque surgem novas lojas de atacado, indústrias, serviços, o mercado imobiliário se expande. O incremento da renda nas classes C e D proporcionou uma melhoria no consumo e estes novos clientes querem o que há de melhor”, analisa. 

O secretário acrescenta que este novo panorama fez com que os próprios empresários tivessem que se adaptar e procurar melhorar sua imagem e seus serviços. “Teresina deixou de ser, como se dizia antigamente, uma cidade provinciana. Hoje quem vai abrir um negócio tem a preocupação de chamar um arquiteto, treinar seus funcionários, melhorar o cardápio, cuidar da decoração. Hoje nossa cidade não deixa nada a desejar em relação a outras capitais, não só em termos de sofisticação, como também de boa comida e serviços”, assegura.

Um exemplo disso é o empresário Flaviano Sampaio, que há três meses inaugurou uma pizzaria na avenida Nossa Senhora de Fátima. O empresário atuava em outros ramos como construção civil, imobiliário e farmacêutico. 

“Estamos nos desligando da rede de farmácias para investir em restaurantes. A franquia Vignoli fez um estudo de mercado e viu que Teresina comportava uma casa. Nós escolhemos a avenida Nossa Senhora de Fátima por lá ser o centro gastronômico  de Teresina e acertamos na localização. Nesses primeiros três meses, a casa já é um sucesso”, comemora Sampaio, revelando que está seguindo os passos da família que já possui sorveteria e outros restaurantes na zona Leste.



Carlos Lustosa e Caroline Oliveira
Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais