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Dom Barreto adota robótica e diz que ensina aluno para “ser gente”

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Doar o dinheiro da merenda no “dia da renúncia”, dá “puxões de orelha” em pais faltosos e vê alunos estudando até mesmo na hora do recreio é uma rotina dentro do Instituto Dom Barreto. A escola, que pela terceira vez, fica em 2º lugar no ranking nacional do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) cobra disciplina, estimula a solidariedade e exige a participação dos pais.

Fotos: Thiago Amaral

Com 90% dos alunos do ensino médio aprovados nas maiores universidades do País, a diretora do Instituto Dom Barreto, Maria Stela Rangel da Silva dá uma dica: “Nosso foco é a formação humana, de prepará-lo para a vida, do aluno ser gente e se preocupar com o próximo”, diz a diretora.

As estudantes Clarissa Vilanova, 15 anos, e Maria Clara Chaves Monteiro, 14 anos, concordam que o instituto cobra disciplina e responsabilidade social dos alunos. “A escola não forma só para o vestibular, desperta para o lado humano, de você ser honesta, de cuidar do meio ambiente e noções de mundo”, diz orgulhosa Clarissa Vilanova.



Com 3.300 alunos do ensino infantil a médio, o instituto chega a exigir do aluno 8 horas diárias de aulas, de segunda a sábado. No preparatório do Enem desde ano, a escola incluiu mais 12 simulados surpresas, dando ênfase à redação. “Investimos mais nos simulados com modelo do Enem, mas buscamos atualizar os alunos da conjuntura política nacional e internacional”, disse a coordenadora do ensino médio do Dom Barreto, Marcela Rangel, 25 anos.



Leitura surpreende pais

Ao deixar os três filhos na escola, o empresário Jimmy Napoleão Alves, 45 anos, conversa com os pais de alunos no pátio do instituto. Ele conta que ficou surpreso com o conto moderno inscrito pelo filho de 8 anos. “Fizemos uma viagem em família e ele escreveu um texto muito criativo e com riqueza de detalhes que fiquei surpreendido”.

O procurador do Trabalho, João Batista Luzardo Soares Filho, 46 anos, destaca o incentivo a leitura aos alunos e destaca a pluralidade de alunos em sala de aula. “Aqui se estuda o pobre, o rico, o negro, o branco, o portador de deficiência e essa mistura ajuda o aluno a respeitar as diferenças”, afirma Luzardo Soares.



Distribuição de jornal

Para atualizar o alunado, a direção do colégio, assinou o jornal Mundo, impresso alternativo, editado pela Pangea, de São Paulo, que fala sobre geografia e política internacional. O jornal é distribuído mensalmente para cada um dos 120 alunos do ensino médio.


Profª Stela Rangel 

Robótica

Escola tradicional com 67 anos de existência, o Dom Barreto vai apostar na disciplina robótica para estimular o raciocínio lógico dos alunos em 2012.  No próximo semestre, alunos de 1º e 7ª série do ensino fundamental contarão com a matéria na grade curricular.


Coordenadora do ensino médio Marcela Rangel

Escola de elite

O Dom Barreto é uma escola fundada pela  Congregação das Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado. A mensalidade varia de R$ 592,00 (ensino infantil) a R$ 696,00 (ensino médio). Um dos diferenciais do instituto é a oferta de disciplinas como xadrez, latim, filosofia, sociologia, inglês e espanhol. No quadro da escola 100% - dos 224 professores, têm especialização e 15% deles possuem mestrado e doutorado. O maior salário pago a professor é R$ 7 mil e a média do vencimento fica em torno de R$ 3,5 mil. 

Um dos destaques na escola é a sala do futuro em que o aluno não usa caneta e nem lápis e somente o computador para estudar. O Dom Barreto tem uma das maiores bibliotecas com mais de 100 mil exemplares e contabiliza mais de 100 medalhas ganhas em olimpíadas estaduais e nacionais. 



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Flash Yala Sena
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