Cidadeverde.com

Caso Fernanda: Promotor confirma realização de novos exames de DNA

Imprimir
O médico legista do Instituto Médico Legal, Antônio Nunes, confirmou ao Cidadeverde.com que havia diversos materiais biológicos no local de onde a estudante Fernanda Lages Veras caiu. Sobre o suposto exame de DNA que seria realizado nos engenheiros da obra, o perito se esquivou: "não posso falar sobre o assunto".


Antônio Nunes disse que os exames de DNA feitos confirmaram que o fio de cabelo encontrado no parapeito era de Fernanda Veras. O perito falou ainda de outros pontos polêmicos sobre o caso.

Amostras de saliva no parapeito
Perguntando sobre uma amostra de saliva que havia no local, o médico não deu muitas explicações. "Não tenho autorização para falar sobre isso. A gente ainda está concluindo, mas havia mais do que o fio de cabelo lá em cima".

O promotor Eliardo Cabral confirmou que suor e saliva foram colhidos da cena do crime. "Na época vários materiais foram colhidos. Até a respiração de alguém em uma superfície gerou vestígios para exames".

Dente quebrado na escada
O médico informou que nada indica que o dente de Fernanda quebrou em uma queda nas escadas da construção. "Os exames mostram que provavelmente o dente quebrou com o impacto da queda. Ela fechou a boca na hora que caiu e isso forçou o dente". Ele também negou que o nariz de Fernanda estivesse quebrado. 


Homicídio ou suicídio
Antônio Nunes confirmou que a polícia já tem uma linha de investigação definida, mas disse não poder dar detalhes. "A hipótese que sustentamos já está fechada, mas ainda não posso dar informações".

Já o promotor Eliardo Cabral garantiu que esses novos exames serão necessários. "Não vou poupar ninguém por nenhum motivo. Esses exames fazem parte da segunda fase da investigação e se faz necessária".

Exames em engenheiros e operários
A redação do Cidadeverde.com perguntou ao perito sobre os boatos de que serão feitos exames nos engenheiros e nos operários ligados à obra. Nesse ponto, Antônio Nunes foi radical: "Não posso falar sobre o assunto de forma alguma", entretanto não negou a realização dos procedimentos.

Sapatilhas 
O médico reafirmou que "em algum momento, uma das sapatilhas saiu do pé da vítima e isso pode ser comprovado pelo tipo de material encontrado na sola do pé dela. Se ela estivesse calçada, o pé não teria esse material. Dessa forma, a sapatilha não saiu do pé dela durante a queda". 

O perito do IML disse ainda que uma das sapatilhas caiu junto com Fernanda e que a outra caiu próxima ao prédio, mas não confirmou se o objeto caiu antes ou depois da estudante.

Advogado entra no caso
Eliardo Cabral ressaltou que "o direito do contraditório será dado no julgamento". "Tem advogado que está querendo alterar as informações e ainda estamos no período de investigação e não do contraditório. Esse só será dado no julgamento", atacou o promotor.


Jordana Cury (Especial para o Cidadeverde.com)
Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais