O comerciante e produtor de shows de Barras, Claudionor Alves da Silva, está em Teresina para fazer denúncias contra o promotor da comarca, que segundo ele, teria soltado um indivíduo conhecido como Kim Cabeleireiro, acusado assaltar e ameaçar de morte a sua esposa e sua filha de apenas um ano de idade. 

O assalto aconteceu em abril, quando a família voltava de uma festa com um valor de R$ 1.060 arrecadados na noite. O comerciante deixou a filha e a esposa em casa e voltou para o evento. Pouco tempo depois, a mulher dele, Maria de Jesus da Silva, disse que acordou com Kim enforcando sua filha, pedindo para que ela lhe desse dinheiro. Diante da cena, Jesus entregou a quantia e o acusado fugiu. 

Ao ser denunciado na polícia, o Kim acabou sendo preso e o inquérito encaminhado para o fórum da cidade. “Mas no dia da audiência, 10 de agosto, ele não compareceu e a juíza ficou ligando para o advogado dele. Depois eu soube que ele tinha sido solto. Eu fui tomar satisfação com a juíza para saber quem tinha soltado. A juíza disse que foi o promotor e ele disse que tinha sido ela. Ficou um empurrando para o outro. Por isso eu resolvi vir a Teresina para denunciar os dois”, indigna-se Claudionor. 

O comerciante diz que atualmente está sofrendo ameaças do acusado e que outras pessoas foram vítimas de Kim. “Está uma vergonha a Justiça de Barras. Ele tem pessoas dentro do fórum que o ajudam. Quero meus direitos de cidadão e trabalhador. Se eu não conseguir em Teresina, vou até Brasília”, garante. 

O promotor José Marques Lages Neto, que está no caso, afirmou ao CidadeVerde.com que não foi o responsável pela soltura de Kim Cabeleireiro. “Ele passou quatro meses na cadeia e foi solto. Quem o soltou foi o advogado, que solicitou a soltura, e a Justiça permitiu. Como ele está ameaçando as vítimas, já pedi novamente a prisão. Mas agora que está sendo noticiado, ele (Kim) pode fugir”, diz. 

Neto confirmou ainda a informação de que Kim tem parentes no fórum da cidade e que estas pessoas poderiam estar lhe passando informações privilegiadas sobre o andamento do processo.