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Cinco bebês morrem após surto de bactéria na Evangelina Rosa

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Cinco bebês vieram a óbito na maternidade Evangelina Rosa, em Teresina, na semana passada. Eles teriam sido vitimados por uma bactéria que estaria presente na UTI destinada aos recém-nascidos em situação de alto risco. 


O diretor da maternidade, Francisco Martins, informou que os óbitos ocorreram na quinta e sexta-feira da semana passada. Segundo ele, o problema já foi resolvido. "Foi debelado o surto e a área isolada e higienizada", declarou ao Cidadeverde.com.

A UTI de alto risco possui 20 leitos, segundo o diretor Francisco Martins. Ele explica que para lá são enviados bebês prematuros com chances de vida já menores. 

Em toda a maternidade, a principal do Piauí, nascem 40 bebês por dia.

Procurado pelo Cidadeverde.com por indicação de Martins, o doutor Marcos Bittencourt, supervisor de neonatologia da maternidade Evangelina Rosa, informou que concederá entrevista coletiva às 16h para esclarecer o caso. Ele assina a nota divulgada pela Secretaria Estadual de Saúde, que diz: "Não há que se falar em bactéria. Os óbitos que por ventura ocorrem, fazem parte da rotina de uma UTI de alto risco". 

Veja a nota enviada pela Secretaria de Saúde:

NOTA DE ESCLARECIMENTO

O Coordenador da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal da Maternidade Dona Evangelina Rosa, Marcos Bittencour, vem, por meio desta, esclarecer à sociedade piauiense e, em especial, à imprensa, as informações reais sobre a existência de uma possível bactéria nas dependências físicas da UTI de alto risco para crianças com prematuridade extrema.

“Há alguns meses observamos a presença de alguns germes multi-resistentes aos antibióticos comumente utilizados na nossa rotina diária e aumentamos os nossos cuidados com relação à assistência de enfermagem e vigilância epidemiológica . Dentre esses cuidados, podemos citar que intensificamos os trabalhos no que diz respeito a higienização e rodas educativas com a equipe e usuários e que nos trouxe excelentes resultados no que diz respeito a diminuição progressiva dos casos. É importante salientar que mesmo com esse fato atípico, estamos conseguindo reduzir a mortalidade neonatal, nos colocando próximo da média nacional preconizada pelo Ministério da Saúde. Não há que se falar em bactéria. Os óbitos que por ventura ocorrem, fazem parte da rotina de uma UTI de alto risco.

Dr. Marcos Bittencourt
Coordenador da UTI neonatal

A Secretaria de Estado da Saúde, através da Vigilância Sanitária Estadual, está acompanhando o caso, que por sinal está sob total controle. O fato, de acordo com a Vigilância Sanitária, não é exclusivo da Maternidade Dona Evangelina Rosa, ocorrendo em diversas unidades de saúde da capital, inclusive privadas.

Fábio Lima
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