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Médico nega surto, mas confirma mortes de bebês na maternidade

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O Coordenador da UTI Neo Natal da Maternidade Evangelina , Dr. Marcos Bittencourt, desmentiu que haja surto de bactéria na Unidade de Terapia Intensiva do hospital. Em entrevista coletiva, o médico negou que 5 recém-nascidos tenham morrido em função da bactéria, mas confirmou que 4 bebês morreram por infecção no período de 11 meses.

Fotos: Thiago Amaral / Cidadeverde.com

Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi), esse quatro óbitos foram registrados entre os meses de dezembro de 2010 a outubro de 2011. O motivo foi infecções por bactéria multi resistentes como acinetobacter e estafilococos. 

“Não é surto. Hoje, por exemplo, não morreu ninguém. Mas prematuros tem várias causas de morte. Na UTI essas bactérias apresentam riscos porque o recém nascido não tem imunidade, mas todo bebê que entra fazemos exames para saber se ele já vem infectado”, disse o médico.


Neste terça-feira (05), sete bebês estão internados na UTI da maternidade. A Vigilância Sanitária já foi acionada sobre a situação e algumas áreas da unidade serão isoladas na tentativa de conter a proliferação das bactérias. 


“Nossos celulares são mais contaminados do que corrimão de ônibus. Essa intensificação foi uma medida preventiva. Alguém teve uma interpretação errônea e divulgou que a Evangelina Rosa estava passando por situação de calamidade, mas é rotineiro solicitar a Vigilância Sanitária e é comum ter germes multi resistentes em UTI”, informou Marcos Bittencourt.

Novamente, o médico negou os óbitos de 5 crianças na semana passada. Ele disse que foram dois óbitos na semana passada, mas por prematuridade e ressaltou que o ultimo caso de um bebê com essa bactéria aconteceu há duas semanas.

A Vigilância Sanitária orientou a intensificar cuidados como higienização das mãos, controle da entrada de pessoas e evitar uso de celulares em áreas de riscos, como as UTIs. 


Estatísticas 
A Maternidade Evangelina Rosa registra média de 50 nascimentos por dia. São 1.200 por mês e a taxa de mortalidade é de 16,4 por mil nascidos vivos. Segundo Marcos Bittencourt, os dados são considerados aceitáveis pelo Ministério da Saúde.

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Redação de Lívio Galeno
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