Os engenheiros da prefeitura de Teresina marcam assembleia geral da categoria e podem decretar greve por tempo indetermindo. Eles alegam estar cansados de esperar por um posicionamento do prefeito Elmano Férrer quanto ao reajuste solicitado nos vencimentos ou a criação do Plano de Cargos e Salários.

A assembleia geral está marcada para esta sexta (07), no auditório do Sindicato dos Urbanitários.

O presidente do Sindicato dos Engenheiros do Piauí (Senge-PI), Antonio Florentino, explica que a Secretaria de Administração apresentou uma contraproposta, que agradou aos profissionais, para análise do prefeito. Entretanto, há meses, Elmano Férrer não se posiciona nem apresenta resposta à categoria.

Com a demora, os engenheiros e arquitetos já iniciaram a “Operação Tartaruga” desde o final do mês de setembro, reduzindo o ritmo dos trabalhos como elaboração de projetos, fiscalização de obras e liberação de alvarás. Caso haja paralisação das atividades, centenas de obras podem parar nas Superintendências de Desenvolvimento e demais órgãos municipais, visto que são os engenheiros que autorizam o pagamento pela Prefeitura às construtoras.

Além disso, são os arquitetos que autorizam construções em obras privadas na capital, serviço que também irá sofrer com o concretização do movimento.


“Estivemos várias vezes com o prefeito, que é engenheiro. Ele disse que iria avaliar nossa proposta, mas o ano já está acabando e tudo não passou de discurso. Não há sinal do gestor quanto ao pleito dos profissionais. A categoria merece respeito pela sua importância na gestão pública e no desenvolvimento da sociedade, mas não é o que estamos percebendo”, criticou o engenheiro Antonio Florentino.

Desde o início do ano, o Sindicato dos Engenheiros participou, junto com os profissionais, de três reuniões com o prefeito e secretários. Foi apresentado um estudo com os valores solicitados e a constatação que Teresina paga menos que outras capitais do nordeste, como Maceió e Natal.

Da Redação
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