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Arqueólogos escavam ossos gigantes de animais em São Lourenço

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Os arqueólogos e auxiliares chegam cedo à Lagoa dos Porcos, uma localidade no município de São Lourenço do Piauí, localizada a 539 Km da capital. Depois da descoberta de uma imensa costela pelo morador Valdir Santana, há sete anos, essa é a rotina dos pesquisadores na região sudeste do Piauí.


Reprodução/TV Cidade Verde






Seu Valdir e outros 20 moradores da comunidade ajudam os pesquisadores na escavação da lagoa. A arqueóloga Niède Guidon, presidente da Fundação Museu do Homem Americano, é quem coordena os trabalhos. Todos os dias ela visita o local para orientar a equipe.





Desde a descoberta da costela pelo seu Valdir, os pesquisadores vêm retirando ossos de animais gigantes, como mastodontes, toxodontes (parentes dos rinocerontes), veados, preguiças e tatus.





Niède contabiliza que, ano passado, foram tirados cerca de 5.800 blocos de ossos, volume considerado grande. O local corresponde a uma área de 800 metros quadrados com 2 metros de profundidade.





"Ano passado extraímos um volume grande de blocos de ossos. Este ano voltamos depois das chuvas, mas não conseguimos esvaziar a lagoa totalmente", explica.





Os ossos já extraídos são levados para a Fundação Museu do Homem Americano. Lá, os paleontólogos fazem o trabalho de catálogo das peças.





Segundo a arqueóloga Gisele Felice, é possível saber como era o clima na região. "É possível saber como era a dinâmica do clima, que foi mudando ao longo do tempo", afirma.





Esses animais desapareceram há cerca de 20 mil anos, com a mudança do clima mundial. Uma das teorias para a extinção é que eles viajavam grandes distâncias a procura de água e, ao chegar à beira do lago que havia lá, já fracos fisicamente, foram tragados pela lama e não conseguiram sair.










Nadja Rodrigues (TV Cidade Verde)
Leilane Nunes (da Redação)
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