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Premiê da Líbia confirma morte de Muammar Kadafi em Sirte

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O primeiro-ministro do Conselho Nacional de Transição (CNT) líbio, Mahmoud Jibril, confirmou a morte do ex-líder Muammar Kadafi, em um confronto pela tomada da cidade de Sirte, nesta quinta-feira. A informação é da AP. "Esperávamos havia muito tempo por este momento. Muammar Kadafi foi morto", afirmou à agência.

A emissora de TV pró-Kaddafi Al-Rai também transmitiu a informação da morte de Kadafi citando fontes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Segundo a AP, o governo dos Estados Unidos foi informado diretamente pelos representantes do governo líbio sobre a morte do coronel.

Muammar Kadafi, que governou a Líbia desde 1969, quando um golpe de Estado pôs fim ao período monárquico do rei Idris, foi morto nesta quinta-feira, quando os soldados do CNT lutavam para retomar o controle de Sirte, a cidade natal de Kadafi. O ex-líder estava escondido em um buraco de uma casa da cidade, e teria sido baleado em diversas partes do corpo. Os membros do CNT garantiram que tentaram socorrê-lo, sem sucesso.

A batalha por Sirte era vista como um derradeiro estágio na tomada da Líbia. A cidade assistira nos últimos dias ao recrudescimento dos combates com as forças leais a Kadafi. O confronto em Sirte se seguiu à queda da cidade de Beni Walid, outro reduto do antigo regime, para os soldados do CNT, na última semana.

A morte de Kadafi encerra a principal busca declarada pelos rebeldes desde a tomada de Trípoli, mas não cessa as interrogações. Havia rumores de que a morte de Kadafi teria sido resultado de uma operação da Otan, quando a coalizão internacional bombardeou um comboio de veículos militares nas proximidades de Sirte, segundo noticiou a AFP. A Otan, todavia, não precisou se Kadafi se encontrava no comboio.

As circunstâncias da morte do coronel, pelo menos de acordo com as informações disponíveis até o momento, abrem espaço para a especulação acerca de uma possível execução do ex-ditador. O CNT, todavia, reiterou desde o início da revolta na Líbia que o objetivo dos rebeldes era capturar Kadafi com vida e submetê-lo ao devido julgamento.

Motivados pelos protestos que derrubaram os longevos presidentes da Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país em fevereiro para contestar o coronel Muammar Kadafi, no comando desde a revolução de 1969. Rapidamente, no entanto, os protestos evoluíram para uma guerra civil que cindiu a Líbia em batalhas pelo controle de cidades estratégicas de leste a oeste.

A violência dos confrontos gerou reação do Conselho de Segurança da ONU, que, após uma série de medidas simbólicas, aprovou uma polêmica intervenção internacional, atualmente liderada pela Otan, em nome da proteção dos civis. No dia 20 de agosto, após quase sete meses de combates, bombardeios, avanços e recuos, os rebeldes iniciaram a tomada de Trípoli, colocando Kadafi, seu governo e sua era em xeque. Na dia 23 de agosto, os rebeldes invadiram e tomaram o complexo de Bab al-Aziziya, em que acreditava-se que Kadafi e seus filhos estariam se refugiando, mas não encontraram sinais de seu paradeiro. De acordo com o CNT, mais de 20 mil pessoas morreram desde o início da insurreição.


Fonte: Terra
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