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"Gostaria que o inquérito fosse passado para PF", diz delegado

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Durante entrevista coletiva para apresentar o resultado do inquérito do Caso Fernanda Lages, o delegado Paulo Nogueira, presidente do inquérito, sugeriu que o trabalho fosse repassado para outro órgão, como a Polícia Federal. Na entrevista, tanto o delegado da Cico, como o delegado geral James Guerra destacaram que a responsabilidade do caso agora é do Ministério Público Estadual.


James Guerra explicou que não há provas de que Fernanda, no momento em que se deslocou do bar Pernambuco até o local do crime, tenha mantido qualquer contato através de telefone ou internet com alguém. Por isso, Fernanda estaria sozinha no local. Os resultados das acareações entre os vigilantes e funcionários das obras do TRT e MPF não foram explicitados.


Paulo Nogueira, em tom de desabafo, declarou que durante todos os 60 dias de investigação o promotor Eliardo Cabral fez afirmações e mostrou saber quem estaria envolvido no crime. E cobrou que agora, com ao inquérito em mãos, o promotor ofereça denúncia contra o "figurão", os três envolvidos e o mandante do assassinato da estudante. O MPE pode, agora, devolver o inquérito à polícia para que seja concluído.






"O que nós esperamos é que ele aponte, explique o por quê da devolução e indique os nomes, as diligências. Nós sabíamos dessa possibilidade. É minha profissão, apesar de comentários maliciosos dizer que esse trabalho não passa de trabalho de tolo, sucata. A verdade é que se esse trabalho puder ser feito por outra instituição, quem sabe a Polícia Federal, eu confesso que gostaria que se esse trabalho fosse passado para outro do nível da Polícia Federal para eles analisarem", afirmou.


James Guerra afirma também que há a possibilidade dos exames de DNA que estão sendo feitos na Paraíba apontarem fatos novos na investigação.


"Toda e qualquer afirmação o MPE faz da interpretação que está tirando dos autos. A polícia civil sempre investigou homicídio, não se investiga suicídio pedindo quebra de sigilo telefônico. O exame de DNA pode vir a esclarecer. Se não for esclarecedor, todo desenrolar da ação acontece dentro da obra. Se o MPE entender que há figura do mandante pode oferecer denúncia. A única diferença entre o que diz o MPE e a polícia é sobre se há mandante. Eles estão falando em queima de arquivo, 2, 3, 4 pessoas. Nós não temos essas pessoas. Não é interessante ficar apresentando teorias porque atrapalha o trabalho do MPE. Não encaminha para queima de arquivo ou crime de encomenda. O DNA batendo com uma das pessoas investigadas temos q contextualizar, colocar a pessoa no crime. Estamos trabalhando para mostrar quem estava e quem não estava na cena do crime. Não temos objetivo de estabelecer polêmica com o MPE. Tudo o que o MPE vai fazer pode ter certeza que eles vão usar o inquérito produzido pela policia", disse.


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Leilane Nunes
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