A Polícia Federal começa hoje (16) o trabalho de investigação sobre a morte da estudante Fernanda Lages. É o que garantem os promotores Eliardo Cabral e Ubiraci Rocha. A autorização para entrada da PF no caso foi concedida ontem pelo juiz Antonio Lopes, da 1ª Vara do Tribunal Popular do Júri.
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Em entrevista ao Notícia da Manhã, os promotores explicaram que um delegado especialista em homício será deslocado para o Piauí, junto com uma equipe de investigadores, e deverão imprimir um método próprio de investigação, apesar de muitas provas terem sido destruídas ou ocultadas. O desfecho da história, assim como o crime, será trágico, segundo Eliardo.
"Tudo terá que ser feito dentro da possibilidade do tempo. A simulação da PF, por exemplo, é feita de forma computadorizada, diferente da Civil, que não tem estrutura. Não diria que a polícia civil falta competência, mas falta estrutura acrescida a falta de vontade de exaurir determinados pontos. Não descarto a possibilidade de provas terem sido destruídas e algumas ocultadas temporariamente, que depois vão ter que aparecer", afirmou Eliardo.
O promotor afirmou ainda que o MPE suspendeu o trabalho de coleta de depoimentos porque isso será feito agora pela PF.
A PF será munida de muitas informações que não foram repassadas pelos promotores à Polícia Civil. "Vamos levar ao delegado. E isso não é blefe. Eu não aguento mais algumas pessoas dizerem que eu estou blefando. Temos muitas informações e não fazia sentido passar à civil se ela não iria investigar. Vamos passar à federal e não vamos forçar nada. O que temos em mãos vamos entregar", declarou.
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Leilane Nunes
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