Corinthians e Vasco não se enfrentam neste domingo, mas decidem quem será o campeão brasileiro. Ou melhor, o pentacampeão, pois o clube paulista venceu em 1990, 1998, 1999 e 2005, enquanto o carioca festejou em 1974, 1989, 1997 e 2000.
Em dois clássicos históricos, a equipe do Parque São Jorge, que está dois pontos à frente do rival carioca (70 a 68) e tem duas vitórias a mais (21 a 19), precisa de um empate diante do Palmeiras para celebrar. A missão vascaína é mais complexa. Tem de vencer o Flamengo, no Engenhão, e torcer por derrota alvinegra no Pacaembu. A rodada começa às 17 horas.
E seja qual for o destino da taça, a conquista premiará uma campanha marcada pela recuperação. Corintianos e vascaínos tiveram começo de temporada complicado. Ambos os clubes conviveram com dramas, desconfiança e a iminência de crise. Enquanto no Parque São Jorge lamentava-se a derrota para o Tolima, que representou a eliminação na Libertadores da América, em São Januário previa-se um ano trágico após quatro tropeços seguidos na abertura do Campeonato Carioca.
Mas dentro do campo as previsões catastróficas não se mantiveram. Com organização, paciência e montagem de elencos que, se não arrancam suspiros de seus torcedores, mostraram-se eficientes ao longo do ano, paulistas e cariocas deixaram a desconfiança das arquibancadas para trás e conseguiram demonstrar regularidade em uma competição marcada pela oscilação.
LIÇÕES
Mas a maturidade para lidar com dificuldades não surgiu por acaso. E aqui está outro aspecto em comum entre os dois clubes. Corinthians e Vasco compartilham histórico recente de envolvimento com polêmicas, intrigas, crises e desilusões.
Só para lembrar, os dois conviveram com revoluções políticas internas que puseram ponto final a administrações arcaicas. O Parque viu o fim da era Alberto Dualib, marcada por parcerias sempre mal sucedidas. São Januário, por sua vez, presenciou a queda de Eurico Miranda e sua peculiar truculência.
COMANDO FORTE
Outra semelhança entre Corinthians é Vasco é o fato de terem seus técnicos como personagens marcantes na temporada. Desacreditado e perseguido depois da vexatória queda na Libertadores, Tite foi prestigiado pela diretoria, remontou o grupo e superou a crise. Do outro lado, Ricardo Gomes comandou o Vasco no título da Copa do Brasil antes de sofrer um AVC. O drama do treinador, no entanto, uniu ainda mais os jogadores e lhes deu força para chegar à última rodada com esperança.
Além da briga pelo título, o final do Brasileiro mais equilibrado dos últimos anos é marcado por clássicos em vários estados, nos quais estão em disputa vaga na Libertadores, Sul-Americana e a luta contra o rebaixamento.
Fonte: Estadão
Em dois clássicos históricos, a equipe do Parque São Jorge, que está dois pontos à frente do rival carioca (70 a 68) e tem duas vitórias a mais (21 a 19), precisa de um empate diante do Palmeiras para celebrar. A missão vascaína é mais complexa. Tem de vencer o Flamengo, no Engenhão, e torcer por derrota alvinegra no Pacaembu. A rodada começa às 17 horas.
E seja qual for o destino da taça, a conquista premiará uma campanha marcada pela recuperação. Corintianos e vascaínos tiveram começo de temporada complicado. Ambos os clubes conviveram com dramas, desconfiança e a iminência de crise. Enquanto no Parque São Jorge lamentava-se a derrota para o Tolima, que representou a eliminação na Libertadores da América, em São Januário previa-se um ano trágico após quatro tropeços seguidos na abertura do Campeonato Carioca.
Mas dentro do campo as previsões catastróficas não se mantiveram. Com organização, paciência e montagem de elencos que, se não arrancam suspiros de seus torcedores, mostraram-se eficientes ao longo do ano, paulistas e cariocas deixaram a desconfiança das arquibancadas para trás e conseguiram demonstrar regularidade em uma competição marcada pela oscilação.
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Mas a maturidade para lidar com dificuldades não surgiu por acaso. E aqui está outro aspecto em comum entre os dois clubes. Corinthians e Vasco compartilham histórico recente de envolvimento com polêmicas, intrigas, crises e desilusões.
Só para lembrar, os dois conviveram com revoluções políticas internas que puseram ponto final a administrações arcaicas. O Parque viu o fim da era Alberto Dualib, marcada por parcerias sempre mal sucedidas. São Januário, por sua vez, presenciou a queda de Eurico Miranda e sua peculiar truculência.
COMANDO FORTE
Outra semelhança entre Corinthians é Vasco é o fato de terem seus técnicos como personagens marcantes na temporada. Desacreditado e perseguido depois da vexatória queda na Libertadores, Tite foi prestigiado pela diretoria, remontou o grupo e superou a crise. Do outro lado, Ricardo Gomes comandou o Vasco no título da Copa do Brasil antes de sofrer um AVC. O drama do treinador, no entanto, uniu ainda mais os jogadores e lhes deu força para chegar à última rodada com esperança.
Além da briga pelo título, o final do Brasileiro mais equilibrado dos últimos anos é marcado por clássicos em vários estados, nos quais estão em disputa vaga na Libertadores, Sul-Americana e a luta contra o rebaixamento.
Fonte: Estadão
