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Prefeito diz que agricultores de 39 cidades são prejudicados sem seguro safra

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O prefeito de Paulistana (a 452 km de Teresina), Luís Coelho, vai mobilizar gestores de 38 municípios do Piauí que ficaram de fora do programa Seguro Safra 2010/2011. Paulistana foi uma das cidades em que 2.183 agricultores não foram contemplados com o seguro, que é pago por conta da estiagem. 

Fotos: Evelin Santos/Cidadeverde.com

De acordo com o prefeito, a alegação do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) é de que no município não houve perda da safra com a seca, baseados em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Instituto de Metrologia (Inmet) e o Emater. 

“Em Paulistana choveu 600 milímetros, mas foi concentrada em uma região. Temos agricultores que perderam tudo, mas não foram incluídos porque o MDA se baseia oficialmente pelo IBGE, em vez de se basear nos técnicos do Emater que estão no município”, justifica Luis Coelho. 

O prefeito disse que irá mobilizar os outros gestores e tentará contato com o Ministério para que a situação seja revertida. Somente em Paulistana, os recursos seriam na ordem de R$ 1,4 milhão para os segurados. 


Em 2011, 149 municípios solicitaram adesão ao programa, para cerca de 84.500 agricultores. O valor é R$ 640,00 dividido em quatro parcelas.

Coordenação do programa no Piauí

O coordenador do Seguro Safra no Piauí, Matias Cabral, esclareceu que os três órgãos IBGE, Inmet e Emater são as entidades oficiais que regulamentam o pagamento do seguro para os agricultores. Dos 149 municípios cadastrados, os três órgãos constataram que em 38 cidades não havia tido a perda da safra e por isso não havia a necessidade do pagamento do seguro, por isso ficaram de fora. 

“Em três destes 38 municípios, os técnicos do Emater acusaram perda de 50%, mas o IBGE e o Inmet não constataram a mesma coisa. Por isso, em Itaueira, São Raimundo Nonato e Caridade do Piauí vamos recorrer ao Ministério, pedindo a reanálise. Mas, no restante os três órgãos tiveram a mesma conclusão: de que não houve perda da safra”, afirmou Cabral.

 Ele disse que os prefeitos, caso queiram, devem recorrer direto ao Ministério do Desenvolvimento Agrário, mas garante que as informações dos órgãos são fidedignas e que o programa não é benefício social. 

“O IBGE faz a análise mensal de cada município que adere ao programa, sempre em contato com os técnicos do Emater e com os dados do Instituto de Metrologia, por isso são fidedignas. O problema é que o programa não é um benefício social, como acreditam algumas pessoas, mas sim um seguro que pode ser pago ou não, dependendo da estiagem no município”, declarou o coordenador do Seguro Safra. 



Caroline Oliveira
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