O último fim de semana foi marcado pela invasão de duas relevantes contas do Twitter. O portal de blogs e notícias na Internet The Huffington Post e o ator norte-americano Ashton Kutcher tiveram suas contas do microblog hackeadas em um intervalo de poucas horas. Em comum, as contas possuem milhões de seguidores.
A invasão da página do The Huffington Post aconteceu no último domingo (15/01), e alguns dos mais de 1,4 milhões de seguidores do portal alertaram a empresa sobre os estranhos tweets. No começo, o invasor teve uma boa dose de bom humor, tentando representar o jornal The New York Post em uma das mensagens. Porém, nas mensagens seguintes, a intenção destrutiva da invasão foi revelada, com mensagens racistas e homofóbicas.
Depois de recuperar o controle da conta, o The Huffington Post pediu desculpas aos seus seguidores pelo transtorno. “Desculpe-nos por isso, 'twitterverso'. Sabemos que fomos invadidos, e estamos trabalhando para resolver o problema o mais rápido possível."
No caso da invasão da conta de Ashton Kutcher, o comportamento foi diferente. Segundo o ator, a pessoa teve acesso à sua conta por um curto período de tempo. Aparentemente, o maior dano causado pelo invasor foi anunciar sua própria localização acidentalmente, via Foursquare. Porém, como o ator apagou algumas das mensagens publicadas desde então, os danos não podem ser confirmados ou negados.
Um fato importante a ser registrado é que o Twitter conta com uma política mais ágil para recuperar contas consideradas relevantes. Tanto o The Huffington Post quanto Ashton Kutcher recuperaram o controle completo de suas páginas rapidamente. Além disso, eles também podem, se quiserem, localizar os culpados pela invasão.
Por outro lado, o próprio Huffington Post precisa rever e atualizar as suas políticas de segurança de senhas. No começo da semana passada, o jornalista francês Vincent Glad conseguiu ter acesso antecipado à versão francesa do site do portal, antes mesmo do seu lançamento. O resultado: ele publicou uma imagem da tela do site, sem autorização do portal, como se fosse um “furo de reportagem”. Glad não revelou como fez isso, mas salienta que tudo o que teve que fazer foi “forçar um pouco a entrada”, utilizando um programa de geração de senhas simples.
Fonte: G1
