O reitor da Universidade Estadual do Piauí (Uespi), Carlos Alberto Pereira, afirmou que o bom desempenho dos alunos no Exame da Ordem se deve ao "empenho conjunto" entre professores e alunos e citou os principais motivos que ocasionaram a desativação de 60 mil matrículas. As informações foram dadas em entrevista ao Jornal do Piauí desta quinta-feira (19).

Apesar do ensino no Estado, de forma geral,  não estar no ranking entre os melhores do Brasil, a instituição conseguiu arrebatar o 1º lugar de aprovação no Exame Nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), assegurado pelo campus Clóvis Moura, localizado no bairro Dirceu, zona Sudeste de Teresina, com uma média de 64% no índice de aprovação.

 

No ano passado, em todo o Brasil, dos 1.210 cursos de Direito existentes, apenas 90 foram recomendados pelo Selo OAB, um dado que vem a somar com outros cursos na área de saúde como Fisioterapia que é considerado o melhor a nível nacional e na América Latina.

De acordo com o reitor da Uespi, o reconhecimento do trabalho desenvolvido pela instituição se deve ao fato do empenho conjunto entre alunos e professores. “O diferencial é que os estudantes da Uespi aprendem, literalmente, na prática através da utilização de laboratórios nas mais diversas áreas, desta forma lidando com dificuldades e possíveis soluções em pleno processo de aprendizagem”, ressaltou o reitor.

 

Considerada a maior instituição do estado em relação ao número de alunos, com cerca de 80 mil estudantes matriculados, a Uespi hoje possui cerca de 60 mil matrículas desativadas, sendo que o número real de alunos frequentando totalizam apenas 22 mil estudantes. 

Dentre os motivos para tal abandono da instituição destacam-se questões relacionadas ao trabalho, aprovação em concursos e opção por outras instituições de ensino. O reitor acrescentou que esses alunos não podem ser jubilados por questões ligadas à legislação que passou a vigorar somente a partir de 2005. 

“Todos os alunos que se encontram nesta situação estão sendo retirados do sistema  para pedirem, posteriormente, uma reintegração nos seus respectivos cursos”, acrescentou o reitor Carlos Alberto.

 

Carlos Alberto ainda contou que a previsão para 2012 é que a instituição passe a aderir ao Exame Nacional dos Estudantes (Enem). Para isso, no próximo dia 15 de fevereiro, a responsável pela execução do Sisu (Sistema de Seleção Unificada), Paula Branco, estará em Teresina para uma discussão sobre a implementação de 100% do sistema que oportunizará aos estudantes serem avaliados em nível nacional.

 

Em relação ao teto da biblioteca desabado no último dia 5, o reitor afirma que o problema aconteceu em relação a conexão entre uma treliça que unia as estruturas novas e velhas da instituição e que não suportou o peso. 

O gestor afirmou que que todas as providências estão sendo administradas pela prefeitura universitária "Em breve a reforma procederá, pois já há engenheiros trabalhando no estudo das obras". 

Ainda sobre a estrutura física em relação aos campus da instituição em Teresina e em outros Estados, Alberto ressalta que a maioria das atuais edificações não foram feitas para o ensino e são aproveitadas de outras instituições como hospitais, mercados e centros sociais. “Temos muitas dificuldades, principalmente, em relação ao orçamento, pois dispomos apenas de recursos do próprio Estado”, acrescentou o reitor.