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Morte de detento provoca discussões sobre segurança nos presídios

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A morte do detento Antônio Marcos Ferreira da Silva, 34 anos, agredido dentro do hospital penitenciário da Colônia Agrícola Major César provocou novas discussões a respeito da segurança nos presídios do Estado. O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Piauí, Lúcio Tadeu, apontou para a falta de investimentos na área e afirmou: "Não é possível que o Estado não possa garantir a segurança dos presos".

O advogado ressaltou que com investimentos no setor prisional, a sociedade se sentiria mais segura. "Não é um investimento só para os presos. Com mais segurança, eles não poderiam fugir e as pessoas ficariam mais tranquilas. Como você acha que os moradores que estão próximos à Casa de Custódia se sentem, com tantas rebeliões?", argumentou.

Lúcio Tadeu acrescentou que já havia tido conhecimento das precárias condições do hospital onde aconteceu a agressão.  "Fizeram uma notificação para a gente, acredito que foram os próprios funcionários. Lá estava parado, não tinha estrutura alguma. Houve uma melhoria, foi feita uma limpeza e colocada uma viatura", disse.

 
Penitenciária Major César


Sobre a morte de "Gato Félix", em janeiro de 2012, que aconteceu dentro do presídio, e a preocupação da polícia de que possa acontecer o mesmo com o rival "André Bundinha", o presidente afirmou que a solução é buscar investimentos para estruturar os presídios. 

"A superlotação e a falta de funcionários é um problema crônico do Brasil. Aqui no Piauí, nos últimos anos, foi construído apenas um presídio, em São Raimundo Nonato, para 150 presos, mas precisamos de pelos menos quatro vezes isso", acrescentou.

Jordana Cury
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