Cidadeverde.com

Desesperada, mãe pede ajuda para salvar filho usuário de drogas

Imprimir
Teresinha de Jesus Vieira da Silva vive há 17 anos o drama de retirar o filho do mundo das drogas. Desesperada, ela pede ajuda a quem quer que seja, para conseguir interná-lo e diz que por causa das drogas, Erick Felipe Vieira da Silva, 29 anos, já foi alvo de tentativa de assassinato por sete vezes. 

“Eu já tentei de tudo. Já pedi ajuda a todo mundo. Já tentei interná-lo na Fazenda da Paz, mas não consegui e ele sempre acaba abandonando o tratamento no Caps”, diz a mãe, emocionada. 

Dona Teresinha conta ainda que neste final de semana, seu filho foi espancado e teme pela vida dele. “Eu vivo em um desespero sem saber até quando vão deixar meu filho vivo. Ele usa droga desde os 12 anos. Começou com a maconha e há seis anos usa crack”. 

Câmara
Segundo a coordenadora da Câmara de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas, Zita Villar, nos últimos dez meses, cerca de 700 famílias entraram em contato diretamente com a Câmara, pedindo socorro para ajudar a combater o vício de algum parente. “Isso fora a denúncia de amigos e vizinhos que contam os mais variados tipos de caso. Atualmente, o nosso grande desafio é encontrar mão de obra capacitada que tenha sensibilidade para trabalhar com dependentes químicos”, declara. 

Villar afirma ainda que o governo do Estado destinou R$ 2 milhões para o trabalho de combate as drogas neste ano. Parte dessa verba será utilizada na reforma de quatro imóveis que irão abrigar os dependentes químicos em diferentes regiões da cidade. No bairro Buenos Aires, o Centro de Acolhimento, possibilitará a internação de 60 mulheres; no Matadouro, serão 30 homens; no bairro Cidade Jardim, na Casa Dia, que servirá como porta de entrada para o Centro de Acolhimento, serão beneficiadas mais 30 mulheres e no Ilhotas, está sendo providenciada uma casa de prevenção para atender 150 crianças e adolescentes. 

A coordenadora diz ainda que, na maioria dos casos, a família não está preocupada apenas com a internação, mas em também esconder o usuário dos traficantes. “O usuário da droga geralmente vem acompanhado de ameaças de morte pelos traficantes. Então as famílias querem, a todo custo, esconder o dependente para mantê-lo vivo”, afirma.

Em resposta à dona Teresinha, Zita Villar afirmou que entrará em contato e conversará com o diretor do hospital do mocambinho para tentar internar o Erick.  “As famílias acreditam que apenas a Fazenda da Paz faz esse tipo de tratamento, o que não é verdade. Além da comunidade terapêutica, temos também o hospital do mocambinho, onde o usuário pode ficar até 30 dias, e os Caps”, afirma. 

Flash de Jordana Cury
Redação Carlos Lustosa Filho
Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais