Ana Cristina Pimentel, mãe de Eloá, não testemunhou. Depois de algumas idas e vindas, defesa e acusação entraram em um acordo: Ana não seria ouvida, e apenas Douglas, o irmão mais novo de Eloá, prestaria depoimento.

Houve princípio de tumulto no tribunal entre defesa e acusação. A mãe de Eloá disse aos jornalistas que não depôs porque a advogada Ana Lúcia Assad deu ‘um piti’.

Ana Cristina desejava falar. Em entrevista coletiva, afirmou que queria dizer que Lindemberg é um ‘assassino’ e ‘quem ama não mata’.

Relembrou o momento em que, no plenário, encarou Lindemberg. Disse não ter visto arrependimento nos olhos do réu. Segundo ela, Lindemberg fez um gesto com as mãos, interpretado por ela como um pedido para que não falasse mal do acusado.

Ao falar, Douglas, irmão da menina morta, assim como seu irmão mais velho, caracterizou Lindemberg como “monstro”.

A mãe de Eloá ouviu o depoimento do garoto, menor de idade, do plenário — ele tem 17 anos hoje — e disse que vai acompanhar o resto do julgamento da plateia. Era o que a defesa queria evitar ao chamá-la como testemunha, segundo especialistas.

Ao sair para almoçar, a advogada de defesa de Lindemberg foi hostilizada e pediu escolta.