A autoridade britânica de regulação da publicidade proibiu uma propaganda da companhia aérea irlandesa Ryanair, conhecida por oferecer voos de baixo custo, informa a imprensa britânica nesta quarta-feira (15).

O anúncio polêmico mostra aeromoças de lingerie, sob a frase "Red Hot Fares & Crew" --algo como "Tarifas quentes e tripulação também".

Foram dois anúncios publicados nos jornais "Guardian", "Daily Telegraph" e "Independent", com duas aeromoças da companhia aérea. As duas mulheres estampam também os meses de fevereiro e março no calendário sensual da empresa.

A campanha foi considerada "machista". Cerca de 5.000 pessoas assinaram uma petição onine, lançada no ano passado por uma aeromoça indignada. O órgão que regula a publicidade (ASA, na sigla em inglês) recebeu 17 reclamações formais.

A ASA alegou que a campanha gera "ofensa generalizada". As pessoas que aderiram a campanha contra as propagandas da Ryanair reclamam da banalização da imagem das mulheres.

A Ryanair alegou que as fotos fazem parte de seu calendário beneficente , e que as funcionárias participaram voluntariamente. Em cinco anos, de acordo com a empresa, foram arrecados mais de R$ 1 milhão. Parte da renda arrecada com a venda de calendários é revertida para instituições de caridade.

A empresa já teve problemas com outros anúncios na Justiça. Em 2008, a Ryanair teve que pagar mais de R$ 100 mil por danos morais ao presidente francês Nicolas Sarkozy por fazer uma "brincadeira" com o casamento dele com Carla Bruni. O anúncio dizia que com a Ryanair toda a família da noiva poderia ir para a festa, já que eles vivem na Itália.

Fonte: Uol