Uma confusão interrompeu a leitura das últimas notas das escolas de samba do Carnaval de São Paulo na tarde desta terça-feira.
Um integrante de uma escola invadiu a área onde as notas eram lidas, tentou agredir o locutor e roubou os documentos com as notas.
Ele rasgou os papeis e deixou a área. Ainda não se sabe quem foi o homem que invadiu a área, mas ele usava uma camisa da Império de Casa Verde. A escola estava em último lugar até a interrupção, e deveria ser rebaixada para o Grupo de Acesso.
Policiais militares tentam proteger os locutores e jurados.
A apuração já havia começado com clima tenso, após um atraso de mais de 20 minutos. Representantes de cada escola foram convocados para uma reunião à porta fechadas, em que foi informado sobre a troca de um jurado.
Momento da invasão na apuração desta terça-feira (21)
Segundo a Liga, ele havia passado mal durante os desfiles e foi substituído por um suplente. A troca é prevista no regulamento do Carnaval.
O presidente da Vai-Vai, Darly Silva, reclamou da troca dos jurados e que por isso as escolas ficaram indignadas. "Nós não vamos aceitar isso. Estão roubando escolas, beneficiando essa daí [Mocidade] que só tira dez", disse.
No momento da interrupção, a Mocidade Alegre liderava o Carnaval e era a única com notas 10 em todos os quesitos avaliados.
Uma integrante da Camisa Verde e Branco identificada como Joselia gritou pouco após a interrupção "Acabou o Carnaval de São Paulo. Não vai haver mais apuração. Não admitimos que as escolas sejam roubadas."
O presidente da liga das escolas afirmou: "Isso é uma postura de gente que não sabe perder. Nada vai ser anulado!".
Alguns torcedores ainda tentaram destruir as planas metálicas de proteção para chegar até os carros alegóricos que estão estacionados na avenida. Alguns jogam até placas de concreto.
Fonte: Folha
