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Falha elétrica pode ter incendiado base

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As apurações preliminares sobre o incêndio que destruiu a Estação Antártica Comandante Ferraz, na Antártida, indicam que uma falha no sistema elétrico gerou o incêndio na base, segundo o embaixador do Brasil no Chile, Frederico Cezar de Araújo.


O incêndio começou na madrugada de sábado (25) e atingiu a casa de máquinas da estação, levando à destruição de 70% da base, segundo a Marinha. Dois militares morreram no acidente e um ficou ferido.

Cerca de 40 integrantes da estação, entre eles pesquisadores e servidores civis da base, chegaram por volta da 1h15 de hoje à Base Aérea do Galeão, no Rio.O avião C-130 Hércules, da FAB (Força Aérea Brasileira), decolou de Punta Arenas, no Chile, na tarde de ontem (26) e, antes de chegar ao Rio, fez escala em Pelotas (RS) para o desembarque de quatro pesquisadores.

O embaixador disse que, independentemente das causas do acidente, a ordem da presidenta Dilma Rousseff é começar "o mais rápido possível" o trabalho de reconstrução da estação.

A seguir, os principais trechos da entrevista.

Pouco mais de 48 horas após o incêndio, como está a situação na estação brasileira na Antártida?

Frederico Araujo --É praticamente impossível permanecer na Estação Comandante Ferraz, por isso monitoramos da estação chilena, que é bem próxima. Conseguimos retirar os pesquisadores, militares e funcionários que lá estavam e que já chegaram ao Brasil [cerca de 40 pessoas retornaram nesta madrugada ao Brasil]. Por ordem da presidenta Dilma Rousseff, a base será reconstruída o mais rápido possível.

Já há informações sobre as causas do incêndio?

Um inquérito será aberto e conduzido pelo Ministério da Defesa. Mas há informações preliminares de que houve uma falha no sistema elétrico. Ao que tudo indica, houve um defeito. Infelizmente, havia duas pessoas [que morreram] no local. Mas, por sorte, a maioria [cerca de 60] conseguiu se salvar.

A presidenta Dilma Rousseff destacou o heroísmo dos militares brasileiros. O suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo e o sargento Roberto Lopes dos Santos, ambos da Marinha, que morreram, receberão homenagens do governo?

Ainda nesta manhã faremos uma homenagem aos dois militares, na base de pesquisas do Chile, de onde os corpos serão transportados pelo Hércules C-130 para o Brasil. Antes da partida, o suboficial e o sargento receberão nossas homenagens. A previsão é que o avião com os corpos chegue ao Brasil entre hoje [27] à noite e amanhã [28], tudo depende das condições do tempo.

Em meio à tragédia, o senhor disse que houve também muita solidariedade, como?

Sem dúvida alguma. Houve apoio dos chilenos, argentinos, uruguaios e também dos poloneses e de um médico russo. Vou agradecer a todos em nome do Brasil. A solidariedade em situações como essa é fundamental.

Quais são as próximas providências que serão tomadas?

Ficarei aqui [na região de Punta Arenas, na costa do Chile] até amanhã [28] para prestar o apoio que for necessário. O nosso ponto de apoio é a base de pesquisas do Chile, De lá monitoramos e tomamos as [eventuais] providências necessárias.

Fonte: Folha
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