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Após aval da CBF, Cesarino Oliveira diz que aceita volta de clubes à FFP

Depois de 14 meses de imbróglio, Cesarino Oliveira falou pela primeira vez mais convicto de ser o presidente da Federação de Futebol do Piauí - FFP. No final da tarde desta segunda-feira (27), ele confirmou o telefonema de Ricardo Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Futebol - CBF -, suspendendo temporariamente as resoluções que não o reconheciam no comando da entidade piauiense. Ele não teme uma reviravolta e já fala em planos para resolver os outros problemas do esporte no Estado. 

Geísa Chaves/Cidadeverde.com

Segundo Cesarino Oliveira, o fato da suspensão das resoluções ser colocado como temporário foi o primeiro passo para que o reconhecimento de sua vitória na eleição seja algo definitivo e concretiza o que ele já esperava. O dirigente já foi convidado para a Assembleia Geral da CBF convocada para a próxima quarta-feira, no Rio de Janeiro, e quer aproveitar o encontro para falar sobre as condições precárias nas quais vivem os clubes de boa parte do Norte e Nordeste. 

Perguntado sobre sua posição em relação a gestão de Ricardo Teixeira, Cesarino Oliveira explicou que nos últimos meses foi contrário ao não reconhecimento de sua vitória e reconhece feitos da CBF, como os dois títulos mundiais em 1994 e 2002. "Não sou oposição à administração da CBF e nem ao Ricardo Teixeira", diz o presidente da FFP, frisando que a Confederação é uma entidade esportiva que não depende de recursos do Governo Federal. 


Agora, Cesarino Oliveira pretende buscar recursos que não conseguia na iniciativa privada por conta da indefinição do comando da FFP. Uma audiência também deve ocorrer com o secretário de Fazenda, Silvano Alencar, para discutir a volta da campanha que troca notas fiscais por ingressos. 

Cesarino Oliveira também terá de levantar as dívidas da FFP, estimadas, por enquanto, em R$ 2,7 milhões, entre débitos com previdência e abastecimento de água. Segundo ele, a CBF não repassou mais recursos para a Federação e ele ainda não sabe se os mesmos virão. O presidente adianta que a FFP deve se acostumar a viver sem tais recursos. 


Dissidentes
A FFP já recebeu pedido do 4 de Julho, de Piripiri, para que desconsidere a solicitação de desfiliação apresentada no ano passado, ao lado de outros clubes, como o River, que fundaram a Federação Piauiense de Futebol, entidade que queria o reconhecimento da CBF. A FFP já afirmou que aceita todos de volta, mas que isso depende de cada agremiação.

Cesarino Oliveira disse que não enviou as desfiliações para a CBF e negou que tenha sido pedido dinheiro para a suspender a desistência. Segundo o dirigente, a cobrança de R$ 24 mil com anuidade de R$ 2,7 mil por clube é uma determinação da Confederação. 

Geísa Chaves (especial para o Cidadeverde.com)
Fábio Lima (da Redação)
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