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Algodões I: Reunião é marcada por tentativa de intimidação

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Mais um encontro sem resolutividade aconteceu nesta terça-feira (06), em Cocal da Estação, em relação ao caso das famílias prejudicadas pelo rompimento da Barragem de Algodões I, ocorrido em maio de 2009. Segundo Corsino Medeiros dos Santos, presidente da Associação das Vítimas da Barragem de Algodões I (AVABA),  o diferencial desta reunião foi o reforço do policiamento em frente ao fórum para intimidar a população.

Corsino Medeiros dos Santos, presidente da Associação das Vítimas da Barragem de Algodões I (AVABA)
 
A convocação da Polícia partiu da juíza titular do fórum, Maria do Perpétuo Ivani Vasconcelos, que solicitou uma equipe de militares armados a comparecem ao local no momento da reunião, ocorrida as 11h.
 
“Não houve tumulto. O que houve foi uma tentativa de conter uma manifestação pacífica como sempre ocorreu. Existe uma vontade de que a população não recorra a justiça atrás dos seus direitos. Os policiais só saíram após um telefonema de Teresina”, informou Corsino Medeiros.
 
O presidente ainda informou que o motivo da reunião seria a apresentação de uma contra proposta indenizatória. “De fato, não houve resultado. O que o governo propõe é que haja a anulação da proposta de concessão de pensão alimentícia as 499 famílias”, disse.
 
Diante do questionamento de legitimidade da quantidade de famílias que têm o direito a receber o benefício, a promotora Carla Danula Furtado Maia Carvalho, propôs que seja criado uma comissão com participação de representantes do  Ministério Público, Defesa Civil e  Avaba para que seja feito um novo recadastramento em um prazo de 30 dias.
 
Segundo proposta apresentada pelo governo, apenas 220 famílias recebem o benefício de pensão alimentícia. A indicação oficial é que seja revogada a liminar de 2010 que concedia pensão a todas as famílias.
 
“Atualmente os cocalenses vivem em situação de descaso pois não há vontade política. É  mais fácil continuar dando assistência a 220 famílias e fingir que está tudo bem. Em muitos assentamentos não há nem água. É um eterno processo de ‘enrolação’ e quando se trata de soluções para o caso eles saem de escanteio”, contou Corsino Medeiros.


Graciane Sousa ( Especial para o Cidadeverde.com)

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