Cidadeverde.com

Cineasta: Madonna lança segundo filme

Imprimir
Depois de se expor sem muito sucesso como atriz, Madonna agora quer ser conhecida como cineasta. Ela se arrisca pela segunda vez atrás das câmeras – a primeira foi com “Filth and Wisdom” (2008), inédito no Brasil –, com um projeto bem mais ambicioso.



“W.E. – O Romance do Século”, que estreia nesta sexta-feira (dia 9), faz uma ponte entre o passado, com a história de Wallis Simpson (Andrea Riseborough) e o rei Eduardo 8º (James D’Arcy), que abdicou do trono inglês em nome do relacionamento; E o presente, com a personagem fictícia Wally (Abbie Cornish), obcecada pela Duquesa de Windsor e infeliz no amor, até conhecer um segurança russo (Oscar Isaac).

Andrea Riseborough e James D'Arcy em "W.E." (Foto: Divulgação)

O filme foi recebido com pouco entusiasmo (e até com risos involuntários) no Festival de Veneza 2011. 

A pop star falou um poco sobre sua nova empreitada: 

Madonna na sessão de gala de "W.E." em Veneza (Foto: Getty ImagesAmpliar)

Você disse que o filme estava em sua cabeça fazia anos. Pode ser mais específica?
Quando me casei e me mudei para a Inglaterra, eu não conhecia ninguém e me vi num mundo estranho. Decidi que ia me educar e descobrir sobre a história e a cultura desse novo mundo em que estava vivendo. Comecei a estudar a história inglesa e a ler sobre a monarquia, iniciando com Henrique 8º até chegar à família de Windsor.

Tinha ouvido a história de Eduardo 8º brevemente, quando estava na escola. Mas, na minha pesquisa, fiquei obcecada pela ideia de um homem abandonar uma posição de tanto poder por amor. Achei que havia algo shakespeariano nisso. Comecei a investigar mais, a ler livros sobre Wallis Simpson e descobri que muitos eram bem negativos, unidimensionais. Vi as semelhanças do modelo que temos na sociedade hoje. Quando as mulheres têm algum poder e não as entendemos, temos de diminuí-las.

Você tem poder. Identifica-se com Wallis?
Sim, eu tenho poder, mas acho que as pessoas frequentemente compreendem mal meu poder e ficam intimidadas por ele, em vez de tentar me compreender.

Depois da pesquisa que você fez, acha que Wallis se envolveu com o nazismo?
Não acredito que eles eram nazistas. Fiz a maior pesquisa que pude, queria provas de que eles eram nazistas, estava procurando por elas, e não pude encontrá-las.

Como descreveria os personagens masculinos e por que decidiu fazer do segundo personagem um russo?
Porque amo os russos! Acho que os russos normalmente são injustamente retratados nos filmes como gangsteres ou bilionários hedonistas. E todos os russos que eu conheço são intelectuais ou músicos.

Ficou desapontada quando viu que esta não era uma história de amor perfeita?
Foi uma jornada. Comecei pensando: “Ah, meu Deus, que incrível, que romântico, como eu queria ter algo parecido!”. Depois foi: “Uau, eles abriram mão de tanta coisa e no fim não foi como pensava”. Aí teve uma outra fase de: “Sabe o quê? Eles realmente se amavam. Não foi perfeito, mas eles encontraram maneiras, apesar de tudo, de se amar”. No fim, acho que foi uma história muito esperançosa. Não um conto de fadas, mas esperançosa.

Acredita num amor em que se abandona tudo por uma pessoa?
Acho que todo amor significa sacrifício, compromisso e abandono de certas coisas. Mas não acho que você tenha de perder tudo por amor. Não acho que a pessoa que te ama quer que você abandone todo o resto.


Fonte: IG
Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais