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HGV realiza 1ª cirurgia pública de embolização de aneurisma cerebral

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Uma equipe médica do Hospital Getúlio Vargas (HGV) realizou nesta segunda-feira(12), a primeira cirurgia pública de embolização de aneurisma cerebral. A paciente, Elizane Pereira da Silva, 34 anos, é natural de Angical do Piauí (a 129 km de Teresina). 

Foto: Sesapi

O procedimento foi comandado pelo neurocirurgião, Daniel França, e uma equipe composta por, Dr. Arquimedes Cardoso (Neurocirurgião) e Dr. José Miguel de Andrade Filho (anestesista). Dr. Daniel relatou a diferença entre a nova técnica adotada e a anterior. Segundo ele, antes precisava abrir a cabeça do paciente (craniotomia), que durava em média quatro horas. Agora, é feito no processo de acesso a uma artéria, guiado através de imagem e dura cerca de 50 minutos.


“Sem cortes e sem precisar arrancar um fio de cabelo da paciente”, afirmou o médico. Esse tipo de cirurgia foi implantado no Piauí há dez anos pelo médico Benjamin Vale e era realizada somente na rede privada. É a primeira vez que é realizada no setor público. 

Confira mais fotos da cirurgia:





Segundo o diretor geral do HGV, Carlos Iglézias Brandão, a técnica de embolização de aneurismas cerebrais possibilita uma recuperação mais rápida e sem dor, bem como redução do risco de infecção hospitalar e ausência de trauma, visto que não há abertura do crânio, além de garantir uma alta precoce.

"O Hospital conseguiu a habilitação para esse tipo de procedimento junto ao Sistema Único de Saúde (SUS) por  contar, hoje, com uma estrutura moderna, que oferece todas as condições para esse tipo de tratamento, como o Setor de Hemodinâmica, pessoal habilitado, além, é claro, de uma equipe médica formada por especialistas”, finaliza.

O médico neurocirurgião Daniel França foi quem realizou o procedimento. Ele aparece na foto, em anexo, mostrando os exames da paciente. "O procedimento foi um grande sucesso. Estamos todos muito contentes", disse Daniel.

Como é realizado

O tratamento de embolização dos aneurismas cerebrais tem início com a inserção de um catéter (pequeno tubo plástico) na artéria femoral na perna do paciente e navegação dele pelos vasos sanguíneos do pescoço até o aneurisma. Pequenas molas ou espirais de platina são inseridas pelo catéter e desdobrados no aneurisma, bloqueando o fluxo de sangue para o interior do aneurisma e prevenindo a ruptura.

Flash de Yala Sena 
Redação Caroline Oliveira
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