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Presidente da Beija-flor é preso pela PF no Rio

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Menos de uma semana depois de ter sido beneficiado com um habeas corpus, o patrono da Beija Flor, Aniz Abraão David, conhecido como Anísio, voltou a ser preso no Rio por suspeita de envolvimento com o jogo do bicho. Segundo a Polícia Federal, ele é um dos oito presos na manhã desta terça-feira (13) durante uma operação deflagrada no Rio e em Niterói, na Região Metropolitana.


Na sexta-feira (9), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) havia concedido habeas corpus para Anísio, que está internado desde 13 de fevereiro, em estado estável, mas ainda sem previsão de alta, no Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, na Zona Sul. Segundo informações da unidade, ele sofre de uma "cardiopatia hipertensiva" e foi internado "para investigação clínica de distúrbios gastrointestinais e otorrinolaringológicos."

Outros dois presos nesta terça são Aílton Guimarães Jorge, o capitão Guimarães, e Júlio Guimarães. Segundo o advogado Nélio Machado, que defende os dois, a prisão foi "demasiada". Os réus, segundo ele, haviam sido beneficiados com uma decisão do Supremo Tribunal Federal para aguardar em liberdade a resposta de recursos que tramitam em instâncias superiores. Os presos foram condenados pela 6ª Vara Federal Criminal do Rio, no processo sobre a Operação Hurricane, que tramita na Justiça desde 2007.

O advogado disse ainda que vai recorrer para que seus clientes possam aguardar a resposta dos recursos em lberdade.


Combate ao jogo do bicho

De acordo com a PF, os suspeitos presos nesta terça-feira estão vinculados à exploração do jogo ilegal e máquinas caça-níqueis no estado. Ao todo, os agentes cumprira dez mandados de prisão, que foram expedidos pela 6ª Vara Federal Criminal do Rio, após investigações realizadas durante a Operação Hurricane.

Os presos foram levados para a sede da PF, na Zona Portuária da cidade. De lá, seguem para o presídio de Bangu.

Chefões do bicho presos em operação da Polícia Federal são transferidos para o Presídio Ary Franco
Combate à contravenção

A Operação Hurricane foi realizada em 2007. Na época, 25 pessoas foram presas nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia, e no Disitrito Federal. Entre os presos, segundo a PF, estavam chefes de grupos ligados a jogos ilegais, desembargadores, empresários, policiais e advogados. A operação foi desencadeada para desarticular uma organização criminosa que atuava na exploração do jogo ilegal e cometia crimes contra a administração pública.

Desde então, a polícia tenta fechar o cerco contra o jogo do bicho no Rio. Em dezembro do ano passado, a Polícia Civil desencadeou operação semelhante contra os contraventores. Na operação Dedo de Deus, policiais chegaram a descer de rapel de um helicóptero na cobertura de Anísio, em Copacabana, na Zona Sul. Ele não estava em casa.

Um mês depois, Anísio foi preso por policiais civis em frente a um laboratório médico, na esquina da Rua Joaquim Nabuco com a Avenida Nossa Senhora de Copacabana, em Copacabana.

Na sexta-feira (9), o STJ também concedeu habeas corpus para dois outros suspeitos de envolvimento com a contravenção: Luizinho Drummond. O habeas corpus concedido a Anísio foi uma extensão do benefício que a Justiça deu há cerca de um mês a outro suspeito: o presidente da escola de samba Grande Rio, Hélio Ribeiro de Oliveira, o Helinho da Grande Rio.

Fonte: G1
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