O ano de 2012 iniciou com boas expectativas no setor têxtil nacional. Segundo estimativas da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), a produção deve crescer 1,5% em volume, atingindo um faturamento de US$ 63 bilhões.

No Piauí, a influência desse crescimento já pode ser sentida em alguns empreendimentos. A empresária Maristela Aragão, conta que sua indústria de confecção deve crescer em torno de 30% este ano. “O Piauí não possui indústria têxtil, então recorremos a materiais de outros Estados como São Paulo e Minas Gerais. Os bons resultados do setor acabam influenciando positivamente o nosso trabalho”, explica Maristela, que atua no ramo há mais de 20 anos.

Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Piauí (FIEPI) e vice-governador, Zé Filho, as indústrias de confecção devem estar atentas para aproveitar o bom momento do setor têxtil do país. “Esse é um excelente período, mas é preciso que os setores têxtil e de confecção mantenham a sintonia no seu relacionamento para que haja benefício para ambos”, afirma.

Apesar do otimismo do setor, é preciso cautela por parte dos empresários da área de vestuário. Para o gerente comercial Márcio Gomes, os benefícios do crescimento no segmento têxtil devem ser cuidadosamente analisados. 

“Como o nosso setor de vestuário é direcionado ao público jovem ficamos na vanguarda do que esses clientes vão apontar”, conta Gomes. O gerente avalia que é preciso aproveitar as boas oportunidades da área têxtil que acabam chegando até o segmento do varejo, mas sem perder o foco. “Caminhamos paralelos ao que acontece no cenário nacional, pois sofremos as mais variadas influencias, então devemos estar atentos ao que ofertamos”, finaliza.