Após oito dias de greve, os agentes penitenciários resolveram manter a paralisação por tempo indeterminado. A assembleia geral aconteceu nesta quinta-feira(29), em frente à Casa de Custódia. 

De acordo com o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários e Servidores Administrativos das Secretarias da Justiça e de Segurança Pública do Piauí (Sinpoljuspi), Vilobaldo Carvalho, já houve uma reunião com o Secretário de Administração, Paulo Ivan, que lançou uma contra proposta que não foi aceita na assembleia. 

“Na reunião de segunda-feira, ele foi lançou uma proposta que foi rejeitada na assembleia, nós cedemos em alguns pontos e apresentamos uma contra propostas e ele ficou de enviar outra proposta, mas até hoje não se manifestou, por isso decidimos manter a greve”, destacou Vilobaldo Carvalho. 

Na proposta apresentada por Paulo Ivan, ele ofereceu chamar 20 agentes e alteração no Estatuto sobre o interstício da promoção de três para dois anos e criar novas vagas, mas os agentes não aceitaram já que existe uma grande demanda de serviços e há 86 aprovados na lista de espera. “Ele também não abordou outros pontos que queremos de alteração no Estatuto”, destacou Vilobaldo. 

O presidente do Sinpolpi disse ainda que os pontos que dizem respeito à Secretaria de Justiça, em relação às condições de trabalho, nunca foram respondidos pelo secretário Henrique Rebelo. 

“O problema é a superlotação, com carência de agente, sobrecarga de trabalho, além da falta de viaturas, rádios HT, algemas. Tudo isso é questão de sobrevivência e o secretário sequer nos responde”, destacou Vilobaldo Carvalho. 

Atualmente existem 550 agentes penitenciários e a adesão à greve é em massa, segundo o Sinpoljuspi. As atividades externas, como visitas, audiências, estão canceladas.