Em entrevista no Jornal Cidade Verde da noite desta terça-feira (10), o coronel Gerardo Rebelo, novo comandante da Polícia Militar do Piauí, afirmou que o acordo firmado com a categoria no ano passado pode passar por uma revisão. PMs e bombeiros se reuniram em assembleia e podem paralisar suas atividades na próxima semana.

A "greve" dos PMs, que são proibidos de realizar tal movimento, pode ser feita com o procedimento batizado de "Polícia Legal". Os policiais se recusariam a trabalhar sem que condições legais para que estejam nas ruas, como uso de equipamentos adequados, seja cumprido.

Coronel Rebelo, que assumiu o cargo na segunda-feira, disse que já ouviu todos os presidentes de associações e aceita a assembleia realizada nesta terça. No entanto, adiantou que reivindicações negociadas em 2011 precisam ser rediscutidas. "No acordo existem algumas coisas que não foram bem discutidas, bem analisadas", disse.

Os PMs cobram que o reajuste salarial seja aplicado também aos inativos. Eles também pede revisão na forma de promoção dos policiais e cobram mudança na jornada de trabalho. Além disso, reclamam que o número de coletes e fardas adquiridos é insuficiente para todos.

O novo comandante também afirmou que há um clima de tranquilidade na corporação e "não há esse clamor" para suspensão das atividades. Além disso, tranquilizou a população quanto a manutenção da ordem. 

O coronel relatou que os problemas são de natureza administrativa e podem ser negociados. "Quem vai negociar daqui pra frente qualquer tipo de reivindicação ou anseio é este comandante, porque a polícia militar tem os principios da disciplina e da hierarquia. (...) E eu estou lá para negociar, para discutir, sem nenhum tipo de percalço".