Os bancos públicos federais podem avaliar as condições de mercado para decidir se reduzirão ainda mais os juros cobrados nos empréstimos, de acordo com o ministro da Fazenda, Guido Mantega. 

“Os bancos públicos são autônomos para fazer isso e, portanto, estarão reduzindo as taxas. Mas as taxas já foram reduzidas bastante. Houve taxa que caiu para um terço. Eles que têm que se definir em relação a isso”, disse.

Nesta quinta-feira (12), Mantega criticou os bancos privados por não reduzirem as taxas e cobrarem altos spreads (diferença entre o custo de captação e a taxa cobrada dos clientes). Nos últimos dias, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal (ambos públicos) anunciaram redução dos juros de linhas de crédito. 

De acordo com a Agência Brasil, o ministro também ressaltou o baixo índice de inadimplência dos bancos públicos, que têm rentabilidade tão alta quanto as instituições privadas.

“Eles não poderiam agir se expondo a riscos. Tem que agir dentro da prudência e dentro das garantias necessárias. Os bancos [públicos] terão mais lucro porque irão emprestar mais”, avaliou.

A prudência bancária segue normas do Comitê de Basiléia (Suíça), organização que reúne autoridades de supervisão bancária, visando a fortalecer e regular os sistemas financeiros nos países. Os limites para que as instituições possam operar sem colocar em risco o sistema financeiro são estabelecidos pelo comitê.