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Produtores de frutas aderem ao projeto Balde Cheio em Parnaíba

O Piauí é considerado um verdadeiro “paraíso” pelos produtores de leite por causa de suas terras férteis e clima propício à produção. A informação é do coordenador nacional do Projeto Balde Cheio, Artur Chinelato. Segundo ele, o Estado tem atraído cada vez mais investidores na área e os pequenos produtores piauienses já abriram os olhos para a nova forma de tratar as vacas disseminada no projeto que resulta numa ampliação significativa a produção de leite e, consequentemente, aumento da renda.

O Balde Cheio visa à ampliação da bacia leiteira brasileira e tem sido executado com bastante sucesso no Piauí, sendo destaque nacional pela grande qualidade em solo e animais.

Na última segunda-feira (18), o técnico da Embrapa Sudeste, Júnior Rosseto, realizou uma visita juntamente com o engenheiro agrônomo da Secretaria do Desenvolvimento Rural (SDR), Valter Silas, ao município de Parnaíba onde foi proferida palestra para 20 produtores de acerola dos Tabuleiros Litorâneos, que, incentivados pela empresa Betânia Laticínios, que convive com um déficit de leite, querem aderir ao projeto para ampliar a renda dos irrigantes.

“Hoje, beneficiamos cerca de 15 mil litros de leite por dia e às vezes sentimos a necessidade de ampliar a demanda. Vimos o sucesso de algumas pessoas que aderiram ao Balde Cheio e agora queremos que dê certo com esses pequenos irrigantes, que cada um deve começar investindo em quatro ou seis hectares de pasto para começar essa nova atividade”, explicou o gerente da Betânia Laticínios, Michel Barros.

“O projeto Balde Cheio consiste no correto manejo do gado leiteiro onde o programa visa melhorar a qualidade de vida das pessoas do campo, criadoras de gado, com o aumento da produção de leite, mostrando que é possível produzir grande quantidade de leite de qualidade mesmo com poucos animais e em pouco espaço”, explicou Rosseto.

“Tenho três hectares desocupados e quero inserir o Balde Cheio com a intenção de melhorar a renda”, disse a produtora de acerola, Evânia Amaral, piauiense, que também produz a fruta através do incentivo de Alexandre Riscala, que veio de Ribeirão Preto (SP), em busca de clima perfeito para trabalhar com agricultura orgânica nos Tabuleiros Litorâneos, se encantou pelo local e já vive há mais de dois anos no Piauí. “Adoro esse lugar e tenho a melhor expectativa possível com a adesão ao projeto Balde Cheio, em especial à expectativa econômica e também o desenvolvimento do local”, declarou Riscala.

Para início das atividades alguns dos 20 novos produtores irão recorrer ao financiamento oferecido pelo Banco do Nordeste, que é parceiro do projeto, as orientações do Sebrae e especialmente ao apoio do Governo do Estado, através da Secretaria do Desenvolvimento Rural.

Caso de sucesso

O caso de maior sucesso da região de Parnaíba é da Fazenda Santa Maria, de propriedade de Antônio Carlos “Toinho” e Dona Maria, que iniciaram as atividades do Balde Cheio, em 2009, em apenas 2 hectares de terra, produzindo de 7 a 20 litros de leite por dia e hoje, com 18 vacas, chegam a produzir 400 litros de leite por dia.

“A vaca é um animal ruminante e o criador tem que pensar, acreditar nisso e esquecer a ração. O Balde Cheio é um processo educativo, onde também devem ser aplicadas técnicas de pasto rotacionado, irrigação por pastagem, implantação de cerca elétrica ou cerca plástica e as coisas mais simples, por exemplo, o horário correto de alimentação da vaca é a noite, e o melhor alimento é o capim, seja tifton, elefante ou mesmo, o mombaça, porém, o tifton tem entre 15 e 20% de proteína, diferente dos demais”, explicou Junior Rosseto.

“Considero o Balde Cheio um projeto social, ambiental e financeiro. Hoje, o Toinho vive uma verdadeira mudança de vida para melhor, com um salário que ultrapassa os 13 mil reais”, finalizou Rossetto.

Da Editoria de Cidades
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