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Pai de bebê que engoliu prego e parafuso é preso novamente após estupro ter sido descartado

Foto: Reprodução

Por Graciane Araújo

Mesmo após descartado o estupro, o pai do bebê de um ano idade foi preso novamente na tarde desta quarta-feira (20). Desta vez, a Polícia Civil do Piauí cumpriu mandado de prisão preventiva por descumprimento de medida protetiva contra a mãe da criança. Na semana passada, ele foi indiciado por lesão corporal contra a mulher que foi encontrada desacordada em um terreno na zona Rural de Pedro II, cidade onde residem no interior do Piauí. 

O caso da criança que estava com um prego e parafuso no corpo, conforme mostravam um raio-x, tiveram grande repercussão. A menina deu entrada em uma unidade de saúde após uma infecção em decorrência da ingestão dos objetos. A primeira versão apontava que o bebê tinha sinais de estupro e o pai era suspeito. Contudo, exames confirmaram que não houve abuso sexual e o pai foi solto na noite desta terça-feira (19). Menos de 24 horas, já nesta quarta-feira (20), ele foi preso com base na Lei Maria da Penha. 

"A gente trabalha com laudos. O laudo de lesão corporal de estupro e o relatório médico do HUT, em Teresina, informam tecnicamente que a região genital e perianal está íntegra e não há qualquer sinal de estupro. O pai foi solto, pois não havia materialidade para estupro. Na semana passada, ele havia sido preso em flagrante pela lesão corporal à mãe da criança e descumpriu a medida protetiva. Já representamos pela prisão preventiva pelo descumprimento dessa medida protetiva [não podia se aproximar da vítima] e não por estupro. Agora, a gente deu cumprimento à prisão", esclarece o delegado. 

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PERDA DA GUARDA

Sobre a guarda do bebê, o delegado Júlio Carvalho disse que acionou o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) indicando a necessidade da criança ser retirada do convívio dos pais. A mãe, o bebê e o pai moram em um terreno baldio.

"Na semana passada, a gente entrou em contato com o Creas, com as assistentes sociais e psicólogas que fazem o acompanhamento dessa família e renovamos o pedido para perda da guarda, do poder familiar. Agora temos que aguardar o promotor e o juiz. Eles vivem em um terreno baldio, uma área da zona Rural, próximo à mata, terra e é um local um insalubre. É compreensível que ela tenha engolido o prego e parafuso nesse ambiente", esclarece Carvalho. 

PAI E FAMÍLIA AMEAÇADOS

Uma irmã do investigado, identificado apenas como Adriana, disse que a família passou a sofrer ameaças após a denúncia de estupro. Ela confirmou brigas entre o casal, mas reforça que o irmão não cometeu estupro. 

"Nossa família ficou abalada. Nossa mãe é cadeirante, estava desesperada. Ninguém da nossa família acreditou que ele fez uma barbaridade dessa. Ele está sendo ameaçado de morte. Por isso, eu vim aqui para esclarecer tudo para todo mundo ficar sabendo que não foi ele. A convivência deles não é boa! Só de bebedeira, de bagaceira. Mas ele não ia fazer uma coisa dessa, como não fez! Não deixa faltar nada para os filhos. Peço que para o pessoal que está ameaçando ele, que tire isso da cabeça. A família inteira está ameaçada. Quando eu saio na rua, eu tenho medo. Olha a irmã do bandido! É a primeira coisa que falam é isso aí", lamenta Adriana. 

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