Um vídeo que circulou nas redes sociais mostra um grupo de jovens perseguindo e tentando capturar um tatu no município de Piripiri. Em entrevista ao Notícia da Manhã, o major Fredson Abreu, comandante do Batalhão de Polícia Ambiental, destaca que a conduta é um crime e pode ser penalizada com multa.

“A legislação ambiental prevê penas para qualquer conduta que cause dor ou sofrimento ao animal silvestre, doméstico, domesticado ou exótico. Você vê que esse tipo de manejo, de maneira totalmente inadequada, também responde por multas de R$ 500 a R$ 5 mil. E expor a fauna silvestre através de vídeos e gravações nas redes sociais”, pontua.

O comandante reforça ainda que a melhor ação ao se deparar com um animal silvestre é acionar a polícia ambiental e se manter distante.

“A gente orienta a população que, ao se deparar com um animal silvestre em sua residência, mantenha a calma, visualize o animal, não toque no animal, procure afastar animais domésticos e crianças. Ligue para a Polícia Militar Ambiental através do 190 ou dos telefones das viaturas ou do comando, que é o 9406-6808. Uma equipe do batalhão vai se deslocar até o local para fazer o resgate e captura desse animal de forma segura e adequada”, destaca.

A população também pode ligar para o Corpo de Bombeiros ou Guarda Civil Ambiental.

Espécie em extinção 

O tatu-bola-do-nordeste é uma das duas espécies catalogadas do gênero topileutes (Tolypeutes). Seu habitat são as "savanas brasileiras", principalmente a caatinga, nas regiões centro-oeste e nordeste brasileiras, estendendo-se até a parte mais oriental do cerrado.

De acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) e com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o tatu-bola-do-nordeste é uma espécie ameaçada de extinção, com estado de conservação vulnerável.

 

 

Da Redação