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Professor conversa, mas não desiste de se jogar de ponte

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Vestido com uma camisa do seu projeto – Frutos do Brasil – o professor de Atletismo de 200 crianças no Alto da Ressurreição, continua do lado de fora da grade de proteção da Ponte Wall Ferraz, no sentido Leste – Centro, tentando se jogar.

Ele conversa com dois amigos, Miranda Neto do GAV (Grupo de Aconselhamento Voluntário) e uma coordenadora da Unesc, que pede a todo instante para ele ficar de pé e não agachado por causa do joelho doente.

 
Reylan falou com a imprensa e reafirmou que a embaixada japonesa já havia enviado o dinheiro para fazer o Centro Esportivo, mas que a Prefeitura (através da SDU Sudeste) foi que disse que não iria fazer. Ele pediu a presença de um promotor de Justiça, para desistir do ato.
 
Ele trabalha no meio da rua no bairro Alto da Ressurreição, com mais de 200 crianças, no projeto Frutos do Brasil, praticando esportes, principalmente o Atletismo.
 
Miranda Neto denunciou que a SDU Sudeste estaria protelando o projeto e destratando os coordenadores do projeto, adiando audiências. “Estão tratando a gente como moleque. O prefeito não deve ter conhecimento disso, e o pior é que o dinheiro não vem mais. O projeto está pronto para ser executado”, declarou.
 
A situação começa a perder o controle dos professores, porque os estudantes estão se desestimulando e muitos voltaram para a marginalidade.
 
Reylan pediu a presença de um promotor e a coordenadora, Luisa Uchoa, solicitou um que estava na faculdade numa reunião. Ela continua conversando com o professor e pedindo para que ele fique em pé.
 Atualizada às 11h50
 
Professor desiste de se jogar
 
O promotor, Walter Henrique Siqueira Sousa, chegou ao local e conversa com Reylan. Ele quer ter a garantia que alguém da Justiça vai tentar recuperar a verba e obrigar, através de ação, à prefeitura a construir o Centro. Depois da conversa, Reylan desistiu de se jogar e foi colocado em uma viatura do Corpo de Bombeiros.
 
O promotor, que participava de uma reunião na Faculdade Unesc, se comprometeu a procurar a prefeitura para uma audiência e vai pessoalmente “pela vida toda” a ajudar o projeto.   Walter Henrique é promotor em Parnaíba e está em Teresina trabalhando na Justiça Itinerante. Ele estava acompanhado do advogado Mauro Mota, coordenador do curso de Direito da Unesc.
 
Reylan foi puxado pelos bombeiros e a população aplaudiu. Segundo o promotor, ele confessou que não queria se matar e só chamar atenção para seu problema.
 
 
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Fábio Lima (flash do local)
Caroline Oliveira (redação)
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