Bastidores da escolha de Paulo Márcio e o tudo ou nada da chapa de Fábio Novo

Pós-anúncio oficial de que a chapa da base governista será o deputado Fábio Novo (PT) e o cardiologista Paulo Márcio (MDB) (fato antecipado pela coluna algumas horas antes do fato - perdoem a autopropaganda), seguem as conclusões da turma que vive e respira política em Teresina:

1.Ela não: A maior preocupação envolvendo o MDB era fazer um anúncio açodado, que confundisse a população. O exemplo citado para ser evitado foi o da deputada Bárbara do Firmino que migrou de Sílvio Mendes para Novo literalmente da noite para o dia. O fato chegou a ser lembrado abertamente na reunião dos diretórios estadual e municipal do MDB na terça-feira, e foi o motivo para que os emedebistas fossem à casa de Paulo Márcio, como gesto de respeito.

2. Espaços: Pelas entrelinhas das falas de Paulo Márcio, também ficou claro que uma eventual vitória de Fábio Novo terá no diretor do Hospital Universitário da Ufpi, a pessoa que comandará a Fundação Municipal de Saúde.

3.Resistentes: Uma abelhinha informante da coluna, conta que a reunião do MDB teve breves e superáveis resistências ao nome de Paulo Márcio como vice: um deputado que, por motivos de disputa local, disse que não dará mais entrevistas falando mal de Paulo Márcio, mas que ir na casa do médico com a turma do MDB, já era pedir demais...

Um outro deputado, sempre polêmico, elencou mil motivos para não seguir com Paulo Márcio, mas no final anunciou que seguia o partido. Tudo isso somado a mais dois parlamentares que ainda defenderam Simone Pereira para a vaga. Votos vencidos. 

4. Até que enfim: A adesão do MDB à Fábio Novo sela um clima de alívio. Primeiro, porque uma candidatura própria vitoriosa não poderia ser tocada com um partido dividido, como estava o MDB. Segundo, porque o MDB tem histórico de sucesso majoritário em Teresina, portanto, uma aliança empurra o grupo para tentar uma vitória no primeiro turno. Otimismo ou estratégia?

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Tem que ser no primeiro turno

Falando em primeiro turno, esse é um ponto que merece um destaque à parte. Aliados de Fábio Novo, têm falado com bastante frequência nos últimos dias, que a eleição tem que se encaminhar para uma vitória no primeiro turno. Motivo: “Um segundo turno, favoreceria o Sílvio (Mendes)”. Faz sentido.

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São meus amigos, mas...

E a turma do PT, vai abraçar Paulo Márcio? Com a palavra, um petista de carteirinha e anel de tucum: “Rapaz, campanha tem que aproximar e não distanciar. Se aquele povo do PT parar de falar besteira, vai!”. Detalhe, não custa repetir, a fala é de um petista. 

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Placar atualizado

Em que pé anda a possibilidade de que seja aprovado um pedido de impeachment na Câmara de Teresina? De 0 a 10, a coluna ajustou os termômetros e crava: 2! E o pedido de admissibilidade do impeachment, que deve ser votado no plenário da CMT? 10! 

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Vai pro plenário, mas não será votado

Traduzindo para quem estava em Marte: o presidente da Câmara, Enzo Samuel, passará a bola para os colegas, que terão que declarar em voto aberto se aceitam que a CMT discuta (discutir é diferente de votar) o pedido de impeachment protocolado na semana passada por representantes da esquerda e da direita.

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Não passa, no entanto...

Um vereador que sabe que o impeachment não passa, seja pela falta dos 20 votos, seja porque o governador Rafael Fonteles já disse que não apoia, seja porque o afastamento do prefeito levaria mais de 90 dias para acontecer (bem no meio da eleição), disse que apesar de tudo, votará sim pela admissibilidade: “Uma reunião minha com uma liderança demora 20 minutos. Se eu votar contra tenho que passar 15 min explicando meu voto”. Um pragmático!

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Impossível flopar desse jeito

Campanha eleitoral é volume. Tem que passar o sentimento de uma crescente – e não de uma decrescente. Dito isso, a colunista comentou por acaso com um político, a importância das carreatas numa eleição: “E se flopar? (o leitor com certeza sabe que “flopar” significa o contrário de “bombar”), questionou ingenuamente a coluna: “Do jeito que a turma faz não flopa não”, respondeu na lata o político. Ah tá...

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A lista definitiva e ponto 

Do lado de Fábio Novo, são esses os partidos em que há compromisso efetivo de eleger vereadores em Teresina (e os demais? Ora, não pergunte à colunista! A coluna é apenas a mensageira): 

PT e Federação - 6 vereadores e pode fazer 7

MDB – 2 vereadores, podendo fazer 3

PDT - 2

SDD - 2

PSD – 2

PMB (Partido da Mulher Brasileira) - 1

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Se conselho fosse bom

Existe uma diferença entre esconder seu eu autêntico por razões estratégicas e não ter um eu autêntico. Separe quem você é de verdade dos jogos mentais que são necessários fazer para vencer. Entenda que sua personalidade só irá fazer a diferença se você tiver o poder que ultrapasse um certo nível. Ninguém se importa com o senso de humor de uma pessoa derrotada. Os outros permitem que você seja arrogante se você tiver em uma posição de poder. Caso contrário, você será punido.

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Cifrada do Mostre sua Cara

Um vereador que já disse adeus à gestão do prefeito Dr.Pessoa, mas prefere o anonimato nesse momento, provoca os colegas que seguem com indicações na PMT. A coluna, que sempre busca a harmonia, traz a fala do parlamentar: “Tão na gestão, mas não levam ele (Pessoa) para uma obra. Não vir pra uma sessão é fácil demais pra todo mundo. Quero ver é participar da gestão de fato e fazer reunião de base levando o prefeito. Covardes!”. Com a palavra, os vereadores que se sentirem ofendidos...

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Foto do dia

Falando em entrega, o superintendente da Saad Centro, Roncalli Filho, informa à coluna o asfaltamento nas ruas do bairro Ilhotas (ruas Amapá, Acre, Jarbas Martins e Vila Ferroviária), São Joaquim (16 ruas e 3.600 metros) e Pirajá (14 ruas e 5449 metros). “São ruas que esperam asfalto há mais de 40 anos”, explicou Roncallinho. Apesar da ciumeira generalizada, o superintendente tem atuado em regiões além do Centro por conta da celeridade com que toca as obras, já argumentou o prefeito Dr. Pessoa. Roncallinho estará em chapa sob o guarda-chuva do Palácio da Cidade, mas o partido ainda é uma incógnita. Opção conversada é o PRD, mas cálculos sobre o potencial de votos do filho do ex-deputado Roncalli Paulo, estão na mesa. A conferir.

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A frase para pensar

“Ser normal é o objetivo final dos mal sucedidos”, Carl Jung, psiquiatra e psicoterapeuta suíço, fundador da psicologia analítica.