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Coluna 24/11/23

* A coluna não circula nesta segunda-feira, 27/11.

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Pessoinha ou Jeová: quem vai definir a estratégia da PMT?

O presidente da Eturb, João Duarte, e o superintendente da Saad Sul, Jeová Alencar, estão em uma boa fase, considerando as duas últimas semanas como referencial. Mesmo assim, o fato de Pessoinha ter sido escolhido por ala de vereadores refratários à PMT como interlocutor entre o Palácio da Cidade e a Câmara de Teresina, tem dividido indiretamente as águas da política municipal. Mede-se força entre duas estratégias: a de Pessoinha, de tratar diretamente com os vereadores de oposição, como Venâncio Cardoso e Pollyana Rocha, ou a do líder do prefeito Antônio José Lira/Jeová: deixar os adversários a pão e água e fortalecer apenas os aliados do mesmo barco de 2024.
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Deixa tudo como está 

Apesar dos pesares (e bote pesares nisso), com a proximidade do recesso legislativo, a tendência é de aprovação do Orçamento Geral de 2024 na Câmara de Teresina e, mesmo com as turbulências, a permanência do líder do prefeito na Casa, Antônio José Lira, ligadíssimo a Jeová Alencar. Pessoinha, por sua vez, ganhou várias batalhas internas na PMT nos últimos meses e tem sido visto como um nome fortalecido na reta final da gestão do pai. Ano que vem, no entanto, é outra história.

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Próxima crise

Na próxima semana, os vereadores votam o veto do prefeito Dr.Pessoa ao projeto de reajuste aos advogados da Fundação Municipal de Saúde.  A tendência é de mais uma divisão entre os vereadores, dentre eles, muitos advogados sensíveis às pressões da bem articulada categoria. A PMT quer a manutenção do veto, mas terá os votos necessários? Só o presidente da Câmara, Enzo Samuel (que é advogado), tem a própria base e controla pelo pelos 10 votos diretos, para se ter ideia. É uma incógnita.

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Jeová vem aí

Os emissários do deputado estadual Jeová Alencar seguem apostando que ele será candidatíssimo em 2024 em Teresina – e pelo Republicanos! Há várias perguntas decorrentes dessa possibilidade, mas por limitação de espaço, a coluna deixa para o leitor imaginar.

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Não quero depender de ninguém

Quanto menos dependente de um terceiro você é, mais forte você fica. Caso o leitor concorde com essa premissa, o PT deve fortalecer outros partidos para tornar sua posição mais autônoma a respeito do MDB e PSD em 2026, hoje as duas maiores siglas da base aliada após o PT. Quem leva? Apostas na mesa, a colunista ouviu um nome, três letras: PDT.

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Chegou a nossa vez

O PDT já está sendo abastecido com nomes em sua chapa proporcional em Teresina, podendo eleger quatro vereadores (considerando Enzo Samuel e Evandro Hidd os puxadores, claro) e em 2026 ter Enzo Samuel com tudo encaminhado para a eleição de deputado estadual. Para evitar ciumeira e debandada, a chapa de vereadores do PDT, por sinal, está sendo formada silenciosamente, com nomes que coluna já teve a impressão de ver empenhando a palavra em outras siglas... mas deve ser engano da colunista!

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Eu tenho um nome pra vice

Caso nem o MDB nem o PSDB indiquem o vice de Fábio Novo, o PDT ainda deve brigar para filiar – e indicar o vice – dentre os tucanos firministas que dificilmente seguirão com Sílvio Mendes. Ah, o partido vai ter que brigar com o Solidariedade do deputado Evaldo Gomes – que é sempre um nome bom de disputa, não dá para negar.

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Como se faz uma chapa em 4 passos

Um político que está formando um grupo num partido com potencial de eleger até cinco vereadores em Teresina contou à coluna como é que se organiza uma chapa proporcional: “Tem os de mandato, que entram para ganhar (de 4 a 5 mil votos), os que tiveram já boa votação (3 mil votos) e os que sabem que vão ser suplentes (2 mil votos). Mas toda chapa precisa mesmo é dos de 500 votos, que estão ali só para garantir o emprego e o sossego pelos próximos quatro anos”. Ah tá...

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Lista da discórdia

Hoje, o deputado estadual Fábio Novo conta com 10 vereadores de Teresina em sua base de apoio para disputar a PMT: Enzo Samuel, Evandro Hidd, Venâncio Cardoso, Deolindo Moura, Dudu, Elzuila Calisto, Polyana Rocha, Fernanda Gomes, Gustavo de Carvalho e Vinício Ferreira. Chegou à coluna uma lista com outros sete vereadores e três suplentes em exercício que são considerados adesões prováveis no cálculo da base governista, incluindo um atual apoiador de Sílvio Mendes. Mas, como a colunista gosta de Teoria dos Jogos, é melhor não apostar em nada esse ano. Vamos só acompanhar mesmo!

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Paciência

As pessoas do mundo real, ao contrário do leitor dessa coluna, estão preocupadas com assuntos de emergência financeira - própria sobrevivência - e questões de cunho privado. Não gastam nem dez segundos por dia pensando em política. O leitor, no entanto, navega em outros mares. Faz cálculos, mede as forças em jogo, tem seus próprios interesses. É por isso que as pesquisas de hoje medem sentimentos, mas estão bem longe de prever o amanhã. Afinal, é apenas no ritmo da campanha que os eleitores vão gastar mais do que dez segundos para pensar em algo além da própria vida. Tem tempo.

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Que viagem

Uma fonte que conhece bem o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, respondeu assim às últimas três colunas que especulam o futuro eleitoral do senador no Piauí em 2026 e 2030 (as opções que a turma da política comenta vai do TCU a ser vice de Rafael Fonteles): “Pessoal viaja, rs. Zero chance WD (Wellington Dias) de vice. Não tem nem perigo”, resumiu o interlocutor. Em defesa, a colunista respondeu: “Teorias dos próprios petistas!”. A fonte fechou a conversa com um enigmático “kkk”. 

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Para ler, ver e ouvir

A colunista ia indicar essa obra de qualquer forma, mas calhou dessa semana o assunto estar em voga com a aprovação no Senado da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que limita os poderes do Supremo Tribunal Federal (STF). Pois bem, o livro recém-lançado se chama “O tribunal: Como o Supremo se uniu ante a ameaça autoritária”, mostrando com riqueza de detalhes e informações de bastidores a movimentação dos onze ministros da mais alta Corte do país durante o período entre a eleição de Bolsonaro e  a tentativa de golpe de 8 de janeiro. Os autores, Felipe Recondo e Luiz Weber, já haviam escrito uma outra leitura indispensável para os tempos atuais: “Os onze: O STF, seus bastidores e suas crises”. Jornalismo político da mais alta qualidade. 

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Se conselho fosse bom

A falta de iniciativa é uma doença que você precisa combater em si próprio. Aja ou passe a vida assistindo aos outros, menos capazes que você, obterem êxitos enquanto você choraminga por se sentir injustiçado. Não adianta ter um grande poder de crítica, se não há poder de decisão. Seu medo de rejeição e de que as coisas possam não dar certo só vão torná-lo um capacho daqueles que não se deixam abater com os eventuais fracassos. É melhor executar de modo imperfeito do que viver estagnado. Faça o que você sabe que precisa fazer ou morra tentando. 

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Cifrada dos Ex-amigos

“Um querendo acabar com o outro”, é o resumo da ópera de dois ex-aliados que hoje não se bicam mais no âmbito municipal. Em público, trocas amigáveis e até sentam-se na mesma mesa. Em reserva, o mais sênior se queixa de acordos não cumpridos enquanto o mais jovem aponta que cumpriu tudo e muito mais, mas o outro seria insaciável. O colegiado ao qual disputam poder também se divide, com defensores de cada lado em flagrante torcida organizada. A eleição de 2024 os dividirá, mas a de 26 será o ponto de inflexão. Voltarão a ser amigos, ou acabou de vez?

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Foto do dia

A reforma e ampliação do campi da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) de Uruçuí é um sonho antigo dos moradores do Sul do estado. E tem uma perspectiva positiva agora com o compromisso firmado entre o suplente de deputado e coordenador de Enfrentamento às Drogas e Fomento ao Lazer, Tiago Vasconcelos, com o reitor da Uespi, Evandro Alberto. “Iremos buscar junto ao Governo do Estado, a destinação de recursos para a compra de equipamentos para este importante campi que atende Uruçuí e as cidades vizinhas abrindo as portas e dando oportunidade aos jovens, especialmente na área das ciências agrárias”, destacou Tiago. A formação de profissionais capazes é uma das necessidades daqueles que defendem o reforço no investimento do agronegócio piauiense.

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A frase para pensar

“Na política, o governante é purificado pelo fracasso do sucessor”, Jorge Asís (1946-), escritor argentino.

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