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Coluna 06/09/23

Franzé e o poder de trancar a pauta na Alepi

O que pode fazer o presidente de um Poder? Trancar a pauta do Executivo, por exemplo? Não, não estamos falando de Arthur Lira e o presidente Lula, nem de Eduardo Cunha e Dilma Rousseff. A coluna trabalha com informações, em geral de bastidores. Informações são dados da realidade. Então lá vai uma: o presidente da Assembleia Legislativa, Franzé Silva, deve mostrar nas próximas sessões na Casa, sua insatisfação com o Governo estadual após a disputa no PT que escolheu Fábio Novo em detrimento dele próprio como candidato a prefeito em Teresina. 


O troco vem

O Palácio de Karnak tem a esmagadora maioria dos votos dos deputados, indubitavelmente, e poder de fogo caso queira retaliar nesse mesmo campo de batalha, o que promete fortes emoções nos próximos dias para o caso de Franzé não desistir de mostrar também a força que tem na caneta. Qual caneta tem mais tinta? Vale mais a tinta ou a esperteza em usa-la?


Um pouco de teoria gratuitamente

O confronto pode ser buscado com segurança apenas se o lado mais fraco está em posição de fazer com que sua derrota tenha um custo que esteja além da tolerância do mais forte. O argumento é brilhante, mas infelizmente não é da cabecinha da colunista e sim de Henry Kissinger, ex-secretário de Estado e Conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos nos governos dos presidentes Richard Nixon e Gerald Ford.


Café com aroma de articulação

A coluna queria ter acesso à agenda de reuniões do vice-presidente da Assembleia Legislativa, deputado Evaldo Gomes. Informantes relatam vê-lo, acompanhado de políticos dos espectros mais variados (mais variados mesmo!) em cafés da manhã, almoços e jantares em hotéis, restaurantes e cafés da cidade. A dieta, nessa hora, já foi pro espaço... Mas os motivos (e não os fins), justificam os meios.


Hipóteses

O que esse povo quer com Evaldo Gomes? Hipoteticamente, podemos supor que os cinco partidos articulados por Evaldo para apoiar Franzé Silva, e o próprio apoio de Franzé, a um candidato a prefeito de Teresina, fazem uma diferença significativa numa eleição de cenário completamente aberto e imprevisível. Por enquanto, deve-se ganhar tempo. Definições não estão no horizonte de curto prazo. Até a oposição já estaria de olho no grupo. Será?


Primeiro as coisas primeiras

Um importante nome da cúpula de decisões do PT respondeu à nota da coluna de ontem que apontava a deputada Simone Pereira como nome viável para ser vice de Fábio Novo, unindo MDB e PSD. “Seguimos articulando essa pré-candidatura de uma assistente social para vice. Mas vamos aguardar a resposta do recurso de Franzé/Magalhães, quem vem da nacional. Não convém adiantarmos as coisas. De fato, é preciso primeiro findar essa etapa, para seguir para as próximas”, minimizou a fonte.


Que coisa

Comenta-se em Brasília que o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, está sem entender até agora que fim levou a candidatura do presidente da Câmara de Teresina, Enzo Samuel, à Prefeitura da capital. Enzo anunciou apoio a Fábio Novo, é verdade, mas o plano do PDT é lançar candidatos próprios e competitivos nas capitais. O vereador deve retornar à Brasília nas próximas semanas quando, com certeza, será chamado pelo comando do PDT. A coluna está curiosíssima para saber como o presidente da Câmara vai contornar (ou não) a questão.


Seja muito bem-vindo

Praticamente encerrado o imbróglio do PT, voltam-se os olhares para a oposição, que segue sem definição do nome que vai disputar a prefeitura de Teresina. A disputa é intensa. Sílvio Mendes, Luciano Nunes, Barbara do Firmino... e João Vicente Claudino. Registro obtido pela coluna mostra Luciano, Jorge Lopes, Artur Feitosa e Edson Melo, na recepção à chegada de JVC no PSDB. 


Oxe?

A filiação de JVC ao PSDB acontece nos próximos dias. Edson Melo respondeu à coluna que o ex-senador irá “assumir posição política em conjunto com o partido”. Tudo bem, qual é a posição? “De oposição!”, respondeu o vereador. Ora...  


Nível mil

Falando nele, o vereador Edson Melo, que é um silvista de carteirinha, disse que um amigo de Sílvio Mendes fez a seguinte análise após serem colocadas dúvidas sobre a intenção do ex-tucano disputar pra valer a PMT: "Ele (Sílvio) está com mais vontade de ser candidato do que o Franzé"! A coluna acha (é só uma hipótese) que o “nível Franzé de vontade de ser candidato”, é equivalente ao nível mil numa escala de zero a mil. 


Cifrada da Vingança

Por motivos que a coluna prefere momentaneamente não abordar, dois vereadores (as) estão em pé de guerra em Teresina. Por alto, pode-se dizer que o impasse perpassa questões de divisão de espaços. “Eu acabo com ele. Posso até não ser candidato e sou capaz de gastar o dinheiro da minha eleição e chegar pras lideranças dele e dizer: ‘Vote num cachorro, mas não vote nele’”, desabafou, aos ouvidos da colunista, um dos envolvidos na história. A coluna é da paz e torce para que os parlamentares cheguem a um consenso em breve. 


Foto do dia

Uma sociedade que despreza os mais vulneráveis pode prosperar? Pergunta retórica, pois a resposta é obviamente um belíssimo “não”. Há de se cuidar daqueles que não podem cuidar de si sozinhos. O problema dos animais abandonados passa pela castração, muitas vezes cara e inacessível à maior parte da população que possui animais domésticos. Há anos os protetores de animais defendem que o Estado faça castrações gratuitas. Algo simples, relativamente barato e que só agora saiu do papel. Iniciativa da vereadora de Teresina, Thanandra Sarapatinhas em parceria com o deputado Dr.Hélio, com o suporte do governador Rafael Fonteles para viabilização da medida, o Castramóvel deve atender pelo menos 400 animais nesta primeira semana. Bola dentro. 


A frase para pensar

“Quem é temido por muitos, deve temer a muitos”, Sólon (594 a.C. – 558 a.C.), legislador grego. 


 

 

*A coluna não circulará no feriado de 7 de setembro, mas retoma a edição normal na sexta-feira, 08 de setembro. Paciência com a folga, leitor, que a colunista não é de ferro.

 

 

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