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Coluna 19/04/23

As reclamações dos deputados federais sem espaço
 
Um deputado federal da base aliada de Rafael Fonteles – e mais a coluna não pode dizer para preservar a fonte – reclamou a colegas, em Brasília, que o sucesso nas urnas não se reverteu em espaços no Governo estadual. Na verdade, ele perdeu a boa ascendência que tinha na gestão Wellington Dias. “Estou igual rabo de cavalo, crescendo pra baixo”, teria desabafado a mais de um ouvido. Falou tanto, que chegou a essa colunista, que só é a mensageira. 


Fica pra próxima
 
Esse mesmo deputado federal também tomou uma decisão radical: não aceita mais adesão de novos prefeitos que desejam integrar seu grupo político. Recebendo a indicação de uma proeminente figura federal para aderir a ele, o parlamentar refutou, alegando “não ter nada pra conseguir ajudar no momento”. O prefeito teria ficado surpreso, pois é bem avaliado e a cidade tem mais de 15 mil eleitores.


Turma de bombeiros
 
Uma aparentemente normal visita de uma comissão da Assembleia Legislativa a um órgão público terminou com um deputado chateado após receber um duro recado do gestor da pasta. Altas esferas da Assembleia precisaram agir para a crise não escalar e acalmar os ânimos. Fonte que relatou o fato à coluna, ouviu in loco a chateação do parlamentar com a situação.


Metáfora agro
 
Há dois tipos de político: o político “pato”, que produz um ovo nutritivo, mas ninguém come porque não faz um pio quando choca. E o “galinha”: o ovo é menos nutritivo, mas como faz uma barulheira danada quando choca, todo mundo vai atrás. É preciso comunicar o que se faz. Sem exageros. E o ex-governador João Dória, de São Paulo, é a prova de que a diferença entre remédio e veneno, é a dose.


Anote
 
Política é o exercício do poder: conquistar, manter e ampliar o poder. Vencer uma eleição é só o passo um de três. Estagnados são reprovados, mesmo que sentem na primeira fila. Os que esquecem desse princípio basilar costumam voltar para o fim da fila.


Seguro morreu de velho 
 
Quem forma times de publicidade e jurídicos quase dois anos antes da eleição, sem ter sido ainda escolhido pelo partido? Um nome otimista, no mínimo, ou certamente decidido a não recuar no projeto eleitoral. Entendidos de PT dizem que o nome é Franzé e o sobrenome é Silva. 


Só entre nós
 
Como o mundo é pequeno, interlocutores do presidente da Assembleia Legislativa do Piauí, já estariam sondando discretamente (mas a coluna descobriu) nomes do marketing (os mesmos que trabalharam a campanha de Rafael Fonteles em 2022) e do Direito. Na imagem, Franzé com o ex-senador Elmano Férrer (Progressistas), sempre lembrado para compor como vice ou, quem sabe, puxador de votos numa chapa proporcional à Câmara de Teresina. Não necessariamente pelo Progressistas, claro. 
 


Que coisa!
 
Pequenos movimentos na política podem ser lidos como recados. Basta saber decifrar. Observadores do mundo jurídico chamam a atenção para o tempo, um pouco estendido demais, para que o governador Rafael Fonteles escolha o sucessor do desembargador aposentado Paes Landim no Tribunal de Justiça do Piauí. Eles comparam com a rápida escolha de Carla Yascar para a Defensoria Pública.


A única novidade
 
O TJ-PI escolheu no dia 03 de abril os nomes que constaram na lista tríplice da vaga de desembargador pelo Quinto Constitucional, destinada a advogados. A lista foi oficialmente entregue a Rafael há cinco dias. Os nomes são bem conhecidos do governador, os pedidos em prol de cada um, também, nenhuma novidade. O único fato novo é que Rafael ainda não anunciou sua escolha.


Zero menos zero 
 
Perguntado pela coluna quais as chances do Progressistas apoiar o deputado Jeová Alencar (Republicanos) para a prefeitura de Teresina, o deputado Júlio Arcoverde só não falou “zero”, mas deixou subtendido: “Isso é só especulação. Nossa campanha é de oposição à atual gestão de Teresina, e o Jeová é secretário e participa da gestão, então não tem como”.


Com prazo e com pressa
 
Dizem que quem não tem prazo, não tem pressa. Não é o caso da oposição, que tem prazo para lançar o candidato a prefeito (ou prefeita) de Teresina: até 16 de agosto, data do aniversário da capital piauiense. Júlio Arcoverde só não quis bater o martelo com o nome do cabeça de chapa entre a deputada Bárbara do Firmino e Sílvio Mendes, os dois que figuram melhor nas pesquisas de intenção de voto. Calma.


Escolha um ou outro
 
Outra fonte do Progressistas também rebateu nota de ontem da coluna sobre a possibilidade da deputada Bárbara do Firmino lançar a mãe, a ex-deputada Lucy Soares, ou o marino, Breno Macedo, como candidatos a vereador da capital. Naturalmente, um ou outro. “Se ela não for candidata a prefeita, tudo bem. Se for, não dá. Majoritário tem que ajudar o grupo, não pode ter candidato a vereador”, disse a fonte, em reserva.


Quem viveu, sabe
 
A demora em escolher um candidato é geralmente apontada como um dos motivos da derrota do grupo do ex-prefeito Firmino Filho em 2020. São os famosos construtores de obras prontas, que sabem as causas de tudo, mas só depois do fim dos fatos se desenrolarem. 


Foto do dia
 
Registro do governador Rafael Fonteles, o secretário de Educação, Washington Bandeira e o presidente Lula, após encontro que discutiu políticas de prevenção e enfrentamento à violência nas escolas. Lula anunciou recursos (antecipação de pagamentos já previstos) e disse que a violência é fruto do clima de ódio do país. Já Rafael, está cada vez mais próximo de nomes como o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Para quem acredita em projeções de futuro, aliados de Fonteles têm a impressão de que, assim como Wellington, o governador pode vir a trilhar passos políticos de relevo nacional. 


Frase para pensar
 
Existem dois modos de combater: um com as leis, o outro com a força. O primeiro é próprio do homem, o segundo, dos animais; mas, como o primeiro modo muitas vezes não é suficiente, convém recorrer ao segundo”, Nicolau Maquiavel (1469-1527), filósofo e diplomata italiano.

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