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Coluna 12/04/23

PSDB reage a Podemos com Fábio Abreu
 
Nem bem o ex-deputado e secretário estadual de Assistência Técnica e Defesa Agropecuária, Fábio Abreu, foi oficializado no comando do Podemos (e da federação do Podemos com o PSDB do Piauí), em Brasília, os tucanos reagiram. Guerra de versões. 


O que tem por trás
 
O pano de fundo da disputa é Teresina, já que a capital é palco da reedição do embate estadual de 2022. Mudam-se os personagens, a questão segue a mesma. De maneira simplificada: o grupo da centro-esquerda, o PT e aliados; contra o grupo da centro-direita, o Progressistas junto com União Brasil e PSDB (a princípio).


Fábio Abreu comanda
 
No registro em Brasília, Abreu aparece sorridente com pastor Everaldo e Renata Abreu, dirigentes do PSC e Podemos após a fusão. Com a federação com o PSDB em vistas, ficou acertado na capital federal que o grupo será comandado no Piauí pelo Podemos e não pelo PSDB. 


Tchau, PSDB
 
Se for assim mesmo, naufraga a candidatura própria dos tucanos na capital. Fábio Abreu é secretário de Rafael Fonteles, quer voltar à Câmara Federal e o comando do Podemos é um movimento de fortalecer o campo de aliados da base governista. O Podemos ficará com o candidato de Rafael, seja ele quem for. Isso é um problema para o PSDB, obviamente.


Retire tudo que disse
 
O problema é que Luciano Nunes, lançado pré-candidato do PSDB em Teresina, nega a versão de Abreu sobre o comando da federação: “Conversei há pouco com a direção nacional do PSDB. Não há nenhuma definição sobre a federação PSDB/Cidadania/ Podemos. Ainda existem muitas pendências a serem solucionadas, inclusive com estabelecimento de critérios”, resumiu Nunes.


É isso, só que o contrário
 
Segundo o tucano, se a federação vier a ser efetivada, nas discussões já realizadas existem sete estados com pendências sobre quem ficará no comando. “Um destes estados é o Piauí, onde os critérios ainda não estão estabelecidos. A orientação no PSDB é de termos candidaturas próprias em todas as capitais. Aqui no Piauí Seguimos firmes nesse propósito em Teresina”, defendeu Luciano Nunes.


Ares novos
 
Na secretaria municipal de Desenvolvimento Econômico, o secretário Iran Felinto é apontado por segmentos empresariais como uma surpresa. O motivo: a Semdec sempre foi uma pasta com forte tração no turismo. Com a expetise da iniciativa privada, o secretário – ligado ao vereador Markim Costa – trouxe o incremento do empreendedorismo e da busca por incentivos tecnológicos. 


Segura as pontas
 
Agora, o desafio de Iran é ter recursos na pasta. A Semdec teve mais de um milhão de reais em recursos cortados há algumas semanas, o que impacta diretamente as possibilidades de execução de projetos no setor. O mesmo ocorreu com outras pastas, cujos gestores ainda cogitam, a sério, entregar os espaços se os custeios para investimentos da PMT não retornarem. A turma do “deixa disso” pediu calma e tempo pra resolver.


Prévias, não
 
Um petista de carteira de fundador disse à coluna que acha péssimo e já desaconselhou a possibilidade de prévias no partido para escolher o candidato a prefeito de Teresina. É sangrar em público, beneficiando os adversários e expondo as fraquezas internas e defeitos de cada lado. Para lamento desse petista, a atual disputa entre Franzé Silva, Fábio Abreu e Fábio Novo já é uma prévia fora do tempo.


Foto do dia
 
O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, em entrevista à TV Cidade Verde. A coluna perguntou a Wellington se ele estava lendo algo novo. Literatura mesmo. O ministro é formado em Letras e escritor. Ele riu e respondeu que “sente saudades” de ler outros papéis que não sejam relatórios e documentos. Dias não foi para a China, como previsto, para cuidar das agendas de calamidade com as chuvas em todo o país. Antes da entrevista, fez questão de sentar e estudar números específicos de ações para anunciar ao Piauí. Outro nível.


A frase para pensar
 
“O fator decisivo, em qualquer negociação, é dispor da conexão certa no governo”, Ruchir Sharma, investidor e escritor indiano, sobre os problemas em investir na Índia, (1895-1971).

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