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Coluna 14/03/23

O estilo Rafael de trocar secretário

O ex-secretário estadual de Justiça, Carlos Edilson, reúne-se hoje com o governador Rafael Fonteles, para definir as diretrizes de sua atuação a frente da Agência de Desenvolvimento Habitacional (ADH) no lugar de Leonardo Nogueira, segundo apurado pela coluna. A mudança pegou muitos de surpresa.


Currículo tem

Carlos Edilson tem perfil técnico. O advogado ocupava o cargo de diretor de Relação com o Sistema de Justiça na secretaria de Segurança Pública, comandada por Chico Lucas, e já foi secretário de Justiça quando Daniel Oliveira deixou a pasta. Ele era o sub-secretário na época de Daniel e ficou como uma indicação do deputado Dr. Hélio. 


Super ADH

Agora, sobe ao primeiro escalão novamente como uma indicação do presidente da Assembleia Legislativa do Piauí, Franzé Silva. Próximo a Franzé e Carlos Edilson, está Igor Neri, diretor geral da Alepi. O convite a Carlos Edilson foi feito por Rafael Fonteles no final de semana. Como a ADH vai cuidar no Piauí das obras do programa federal de habitação “Minha Casa, Minha Vida”, a pasta terá robustez de recursos e visibilidade, já que o governo Lula colocou o programa como uma de suas prioridades. Não é pouca coisa.


Não é para todos

A justificativa de que a saída de Leonardo Nogueira é porque o gestor deseja ser candidato a prefeito de Valença em 2024 é questionada por interlocutores palacianos, que apontam para os dois pesos e duas medidas da ação: o deputado Pablo Santos, secretário de Turismo, também não deve disputar a prefeitura de Picos e permanecer no cargo até lá?


Tolerância Zero

Em comum, Franzé e Rafael Fonteles são vistos como gestores “estilo tolerância zero”. Dessa forma, mudanças pontuais no secretariado e nas chefias da Alepi podem ser esperadas sem aviso prévio.


De quem é a culpa

Um Governo Federal é sempre visto como responsável pela inflação e desemprego. Um Governo estadual, pelas (boas ou más) estradas e violência. Um Governo municipal, pelo transporte público, ruas (sem buracos) e limpeza das vias. Independente de terem responsabilidade direta, ou não, é assim que percebe o eleitor.


Os três mais de fevereiro

Ainda na pauta secretariado, a coluna prometeu e cumpre: todo início do mês apontará os nomes que tiveram – segundo colegas e observadores políticos – mais destaque nas ações estaduais:

Jonas Moura, secretário de Transportes – pasta central, sendo ponto de intersecção de várias outras secretarias, com destaque para o trabalho no Porto de Luís Correia. Ontem a Marinha do Brasil autorizou as obras e o funcionamento do Porto de Luís Correia. As obras devem ser concluídas com recursos do Tesouro estadual.

Washington Bandeira, secretário de Educação – tem se desdobrado para tentar cumprir uma das principais metas do Governo do Estado, a expansão do ensino de tempo integral, que atualmente é ofertado em 96 escolas da rede estadual de ensino, para mais 100 escolas. 

Marcelo Nolleto, secretário de Governo – o homem do diálogo, tem incorporado, de fato, a persona de conciliador dos tantos e múltiplos interesses políticos que pressionam qualquer chefe do Executivo. Além da disponibilidade com as incansáveis agendas - sempre puxadíssimas - de Rafael Fonteles.


Os vices

Há três possíveis candidatos a vice-prefeitos de Teresina em campo: o ex-senador João Vicente Claudino, indo para o PDT; o ex-senador Elmano Férrer, ainda no Progressistas, e a ex-deputada Lucy Soares, no Progressistas, mas muito mais próxima do MDB de Themístocles Sampaio. 


Para compensar

Todos somam com experiência em chapas que, tudo indica, serão capitaneadas por nomes jovens: Enzo Samuel, Bárbara do Firmino, Marcos Aurélio Sampaio, Dr. Vinícius (ou Fábio Novo, ou Franzé Silva). Se Bárbara for candidata, Lucy não será vice, e o contrário também parece lógico.


Foto do dia

Comemorações da Batalha do Jenipapo: Jadyel Alencar, deputado federal do PV e o vice-governador, Themístocles Sampaio. Jadyel escreveu hoje artigo ao Poder 360 em que cobra regulamentação contra fake news nas redes sociais, desafio do Congresso nessa legislatura. “Novos congressistas, como eu, não tiveram a possibilidade de participar dos debates e discussões sobre a matéria. Acredito na capacidade do novo Congresso de colaborar para o aprimoramento e maturidade do texto por meio da criação de uma comissão especial e de uma regulação capaz de melhorar o ambiente virtual, sem prejudicar a economia brasileira, a internet livre e aberta e, acima de tudo, todos que usam os meios digitais para empreender, expressarem-se, informarem-se e consumir”.


A frase para pensar

Estou vendo a série Vikings na Netflix, e isso me faz ter esperança. É interessante ver como aquelas pessoas violentas, sem princípios, que não respeitavam qualquer lei, geraram, mais de dez séculos depois, a sociedade sueca de hoje. O peronismo pode evoluir. Há de dar tempo a ele”, Horacio Alonso, jornalista argentino.

 

 

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