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Coluna 17/01/23

Rafael pode apoiar Dr.Pessoa na reeleição: variáveis

Quem descarta um apoio do PT a Dr.Pessoa na eleição de 2024 está opinando sob uma informação desatualizada. Hoje, há a percepção muito clara no entorno de Rafael Fonteles de que um desempenho positivo do prefeito da capital nos próximos meses é o que basta para reeditar a aliança de segundo turno com o gestor municipal: “Sob a única perspectiva de não deixar nenhum tucano ou PP voltar. Se ele (Rafael) perceber que dividindo, a ‘situação’ daria a eleição para a oposição, ele inverte o jogo. Tucano é uma grife perigosa em Teresina”, disse fonte da base à coluna, em reserva.

Foto: Divulgação


Pragmático nível mil

Ou seja, o pragmatismo de Fonteles é não perder para o Progressistas/PSDB. “O próximo movimento próximo é observar quem Rafael Fonteles vai levantar nos próximos meses”, avisa uma fonte palaciana.


Conversa entre amigos

A interlocução entre os Palácios do Karnak e da Cidade passa por João Duarte, o Pessoinha, filho do prefeito e contemporâneo de Rafael Fonteles. São da mesma geração e se entendem bem. De todo modo, a atenção no entorno dos dois Palácios é de criar uma identidade sólida para gestão Pessoa, pensando já no mote da imagem de 24.


E eu?

Já no PT, a intenção é lançar candidato próprio, independente das chances reais de vitórias, para marcar posição. MDB e PSD querem ganhar a eleição no maior colégio eleitoral do estado e se cacifar para chegarem fortes em 2026 (elegendo mais prefeitos, se elegem também mais deputados e, quem sabe, um senador). São três projetos diferentes e concorrentes, portanto, dentro da mesma base. Em 2020, Wellington Dias incentivou que cada um tentasse se viabilizar. Rafael, por sua vez, talvez siga por outra linha.


Os dois grandes

Apesar de eclipsada pela crise com os atos antidemocráticos de 8 de janeiro, a agenda política e econômica do governo Lula 3 segue em movimento. O presidente está de olho no Big Two (Dois Grandes), as variáveis que mais impactam na popularidade de um gestor: desemprego e inflação (o termo foi cunhado pelos pesquisadores Lewis-Beck e Martim Paldman). Ou seja, os eleitores punem ou premiam seus governantes de acordo com a percepção que possuem sobre esses dois aspectos.


Herança

Por isso mesmo, o governo Lula tem buscado, de forma direta ou nas entrelinhas, trazer à tona o que se chama de “herança maldita”, ou seja, resultados negativos do governo Bolsonaro. O contexto pode justificar, para parte do eleitorado, o grau de responsabilidade da atual gestão pelo que se passa na economia e as dificuldades em implementar suas políticas públicas. 


Com Lira, em peso

A bancada do Piauí se reúne no final desta semana com o presidente da Câmara, Arthur Lira, que busca a reeleição. Os oposicionistas, minoria, e a base lulista, maioria, votarão em Lira, ex-aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro e agora, tudo indica, novo aliado de Lula. No Senado, Rodrigo Pachêco (PSD) disputa contra Roberto Marinho (PL), que deve ter o apoio do senador Ciro Nogueira. Pachêco fica com os votos de Wellington Dias e Marcelo Castro. 

Foto: Divulgação 


Tchau, Funasa

O senador Marcelo Castro (MDB) iria indicar a presidência nacional da Funasa. Iria. Segundo ele, as chances de reativação do órgão – que foi extinto e teve suas atribuições fragmentadas nos ministérios da Saúde e Cidades na primeira semana de governo Lula – não acontecerá, a despeito das críticas dos parlamentares nordestinos. 


Professor Pessoinha

Tomando frente na questão da regularização fundiária, o presidente da Eturb, João Duarte, vai palestrar sobre o tema. Através na Coordenação Municipal de Regularização Fundiária, em parceria com o Ministério Público do Piauí, será professor do curso de capacitação com o tema "Regularização Fundiária: Teoria e Prática". O curso terá carga horária de 8 horas e está voltado para a população em geral, especialmente quem trabalha com Regularização Fundiária Urbana. 

Foto: Divulgação 


A frase para pensar:

“Debater com um idiota é perder de maneiras distintas e combinadas. Perde-se tempo. Perde-se paciência. E perde-se o debate propriamente, porque ele só entenderá argumentos idiotas – e, nesse caso, o imbatível é ele, e não você”, Reinaldo Azevedo (1961-), jornalista.

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