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Deputado afirma que Mais Médicos não resolverá problema da saúde

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O deputado Chico Ramos (PSB) comentou hoje (15) que o programa Mais Médicos não resolverá o problema da saúde no Brasil. Segundo o parlamentar, que também é médico, falta financiamento no setor e estrutura para os profissionais trabalharem. Ainda de acordo com o deputado, não há preocupação em colocar outros profissionais da saúde para compor equipes com os médicos, como enfermeiros, técnicos de enfermagem e radiologistas.

Evelin Santos/Cidadeverde.com

"A gente tem visto desastres nos hospitais públicos. Tem médico, mas o médico fica de mãos atadas porque a gente não pode fazer milagres. Precisa de infraestrutura, especilamente o financiamento do sistema. Tudo tem um custo e não se tem olhado para isso", declarou em entrevista ao Jornal do Piauí.

Para Chico Ramos, o programa surgiu de forma impensada, sem que a comunidade médica fosse consultada, como uma resposta às manifestações da população, como uma iniciativa que pudesse ver crescer a popularidade da presidente Dilma Rousseff.

Ainda segundo o deputado, os médicos estão concentrados nos grandes centros porque é lá que estão as oportunidades de crescimento profissional, com estrutura para desempenhar o trabalho.


"Acho que vai ser mais um problema amanhã e se estão pensando que vão recuperar a popularidade da presidente estão enganados. Sou corporativista porque defendo uma corporação séria. Não devemos nada a tecnologia do mundo. Mas, para trabalharmos, é preciso que nos deem as condições. Se uma pessoa chega ao posto de saúde com febre você tem que fazer ao menos um hemograma e aí não tem. Você tem que mandar o paciente para uma cidade com estrutura. Uma criança com diarreia, você tem que hidratar essa criança. Eu exerço uma profissão por vocação e gostaria que fosse tudo bem, mas não está indo", desabafou.

Trabalho para o SUS

A ideia de obrigar os estudantes de medicina a trabalharem por dois anos para o SUS foi classificada como "absurda" pelo parlamentar. Para ele, seria voltar ao tempo da escravidão e questiona ainda porque não haveria a mesma obrigatoriedade para outras profissões.

Leilane Nunes

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