Cidadeverde.com

Marcelo Castro critica número de campanhas eleitorais no país

Imprimir

O deputado federal Marcelo Castro (PMDB), mais uma vez, lamentou a posição do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) que ignorou o relatório da comissão especial da reforma política, ao qual o político piauiense era relator. O parlamentar ressalta que foram três meses de intenso trabalho para tentar mudar o sistema eleitoral do país, segundo ele, considerado o pior do mundo. 

“Lamento a gente ter feito um trabalho de três meses, com audiências e seminários, ouvindo as maiores autoridades no assunto: presidente do TSE, procurador geral eleitoral da república, o maior cientista político, presidentes de todos os partidos... e tudo isso, resultou em quase nada. É um sentimento de decepção e frustação, mas por outro lado é também um sentimento de alívio. Ao final, nosso grande esforço era para não piorar o que existe hoje. Há quantos anos estamos tentando fazer a reforma? Temos o pior e o mais irracional sistema eleitoral do mundo”, disse Castro. 

Em entrevista ao Notícia da Manhã, desta sexta-feira (29), o parlamentar caracterizou como “absurdo” , o número de campanhas eleitorais para o preenchimento de vagas no parlamento. Segundo Castro, na eleição passada, foram 21 mil candidatos.

"Em outros países, o número de campanhas não chega a duas dezenas. Na eleição passada tivemos 6 mil e poucos candidatos para deputado federal, mais de 14 mil para deputado estadual. No Brasil, cada candidato faz uma campanha individual, que tem seu próprio jingle, cavalete, placas, financiamentos, cabos eleitorais entre outros. É um verdadeiro exército e isso é uma extravagância. O eleitor é elevado ao constrangimento de escolher entre 3 mil candidatos”, pontua.

O deputado federal comemorou a aprovação do fim da reeleição para os cargos eletivos, incluindo presidente, governadores e prefeito, e disse que a luta agora será adequar o tempo de mandato, para que haja coincidência nas eleições. Se aprovado no Senado e em seguida pela presidente Dilma Rousseff, a medida terá validade apenas para o pleito de 2022. 

 

Graciane Sousa
[email protected]

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais